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Os clubes brasileiros atravessam momento técnico miserável e isso tem sido exposto através da avalanche de jogos dos campeonatos estaduais com nível assustadoramente baixo, da Copa do Brasil e da Libertadores.

O principal torneio continental sofre as consequências do inchaço na primeira fase e mesmo assim dela não conseguiram sair vivos Flamengo, Botafogo e o Furacão. Salvaram-se Grêmio, Atlético-MG e Cruzeiro que, passando os olhos sobre os seus elencos, destacam-se como os melhores do país.

O Atlético tem conseguido encher os seus torcedores de orgulho com as obras na Arena da Baixada, mas ao mesmo tempo tem causado frustrações pelo mau desempenho do time em campo. Depois da surpreendente campanha sob o comando de Vagner Mancini – finalista da Copa do Brasil e terceiro colocado no Brasileiro, com direito a vaga na Libertadores –, a presidência atleticana teve nova recaída e desandou a cometer equívocos na virada do ano, a começar pela não renovação do contrato com o treinador.

Comenta-se à boca pequena que houve um entrevero entre Petraglia e Mancini no vestiário do Maracanã após a derrota para o Flamengo, sobrando também para o zagueiro Luiz Alberto e o meia Paulo Baier.

Com soberba e pretendendo ser diferente, o presidente inventou Petkovic como treinador da base e o espanhol Miguel Ángel Portugal para o time principal. Deu no que deu. Não foi por falta de aviso. O sérvio não conseguiu definir uma escalação fixa, culminando com a infeliz montagem do time na partida decisiva com o Londrina, quando o Furacão foi goleado de virada com falhas primárias do goleiro e do sistema defensivo.

A escalação de Adriano merece capítulo à parte, já que ele não foi bem tanto entre os jovens em Londrina quanto na formação principal, apesar do gol imperdível, na eliminação em La Paz. Se a falha de planejamento na composição da comissão técnica e na organização do elenco para a Libertadores é indiscutível, diante do enfraquecimento do grupo, o roteiro estabelecido para a recuperação física e técnica do Imperador tem sido deplorável.

Qualquer aprendiz de futebol sabe que um atleta só adquire ritmo jogando, pois é como disse há décadas mestre Didi, o Folha-Seca: "Treino é treino, jogo é jogo". Em vez de escalar Adriano desde o começo do Estadual, assim como Paulinho Dias, Fran Mérida, Felipe e Mirabaje, que também fracassaram e precisavam de aperfeiçoamento como armadores, o eficiente atacante foi mal explorado.

Além de ignorar o sentimento do torcedor, que vem sofrendo com o rebaixamento, a série de derrotas para o Coritiba no Estadual, a péssima atuação na final da Copa do Brasil e agora a eliminação no torneio continental para um adversário tecnicamente inferior como o The Strongest, a diretoria teima em alimentar o estigma de time que fracassa nas decisões.

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