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Em meio ao tiroteio que cerca as tratativas e as obras da próxima Copa do Mun­­do e os desinteressantes amistosos da seleção brasileira, discute-se até que ponto os técnicos influenciam, verdadeiramente, no rendimento das equipes, e se estrutura é fundamental para a realização de boas campanhas.

No caso dos técnicos, outro dia o ex-jogador e atual deputado federal Romário disse: "Acredito que o Mano seja bom, como muitos outros na seleção foram, e alguns ruins foram também, e conseguiram ser campeões do mundo. Zagallo, por exemplo. Como treinador, na minha opinião, foi um dos mais fracos que já tive. 80%, 90% dos jogadores eu também convocaria".

O Vasco, que ficou sem o técnico principal por problemas de saúde, lidera o campeonato. É um case de sucesso total que merece estudo dos especialistas, pois mesmo sem Ricardo Gomes a equipe conseguiu manter o mesmo ritmo, sob as ordens do auxiliar Cristovão.

Em compensação, Vanderlei Luxemburgo está na corda bamba no comando do Flamengo e Caio Júnior foi criticado pelo próprio presidente do Botafogo após a derrota para o Atlético-GO. Tite segue no cargo por exclusiva vontade do presidente do Corinthians, en­­quanto Felipão navega em águas turbulentas no Palmeiras e Adil­­son Batista anda por um fio no São Paulo. E estamos tratando apenas dos times que disputam o título e as vagas na Libertadores.

No caso das estruturas, surge surpreendente que o São Paulo, tido como o clube mais organizado do país, esteja encontrando tantas dificuldades para recuperar o melhor futebol, enquanto Flumi­­nense e Vasco são os últimos campeões de torneios nacionais importantes e nem sequer possuem centro de treinamentos. Por outro lado, Atlético Paranaense, Atlético Mineiro e Cruzeiro, que construíram patrimônios admiráveis, apenas lutam contra o rebaixamento.

A constatação óbvia é de que a rude política interna e as más contratações de técnicos e jogadores são mais danosas que a falta de estrutura.

Rodada

Os times paranaenses iniciam hoje a rodada com o Paraná mais preocupado em fugir dos últimos colocados do que continuar alimentando o sonho de classificação. Não houve jeito mesmo, pois a falta de recursos fi­­nanceiros impediu que o clube pudesse contratar jogadores de maior envergadura técnica. Com isso a campanha tornou-se, mais uma vez, decepcionante.

Amanhã, o Coritiba recebe o Grêmio alimentando a esperança de reencontrar a vitória para manter acesa a chama de tentar uma vaga na Liber­­ta­­dores. Sempre que joga em ca­­sa, o Coxa cresce, mas é bom tomar cuidado porque o Tri­­color gaúcho sempre foi osso duro de roer.

Amanhã, em Florianópolis, uma partida emblemática para o Atlético frente ao Avaí, que está pior colocado que o Furacão na classificação. É momento de decisão.

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