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Com a leveza do deus do ar, o atacante Ariel foi o principal destaque na partida de ontem no Serra Dourada.

Abriu o placar com uma virada característica e empatou o jogo com uma bicicleta magistral, arrancando precioso pontinho do Goiás. O resultado só não foi melhor por causa da grotesca falha do setor defensivo no lance do segundo gol goiano.

Ariel é um desses jogadores que caem na simpatia do torcedor porque é um guerreiro, sempre enfrentando os zagueiros adversários e tentando proteger a posse da bola com o seu tamanho privilegiado. É o tipo do avante que incomoda a defesa e ajuda a abrir espaços para que os demais companheiros aproveitem as oportunidades, o que tem acontecido pouco ultimamente.

No mais o Coritiba lutou, correu e não deu sinais de ter sentido a ausência de Marcelinho Paraíba.

Sem ataque

Atlético e Flamengo realizaram um jogo de muita marcação, até mesmo com certa dose de força, mas sem brilho técnico e, consequentemente, sem gols.

Ambos revelaram impressionante pobreza criativa na meia-cancha e ineficiência no ataque. No lado atleticano, as coisas já caíram no lugar-comum porque o técnico Antônio Lopes está cometendo o mesmo equívoco de seus antecessores, que é o de acreditar que um dia Marcinho conseguirá armar as jogadas. Além de ser um jogador apático, que se entrega facilmente à marcação, não possui ritmo para acompanhar a desenvoltura de Paulo Baier, o qual acabou rendendo menos do que o normal – tanto quanto Rafael Miranda e os alas Wesley e Márcio Azevedo. Com tantas deficiências, o Furacão esbarrou no amontoado de jogadores que o técnico Andrade distribuiu no meio-campo, deixando Dênis Marques completamente isolado na frente.

Raros foram os lances de gol em um jogo com arbitragem confusa, especialmente por parte dos dois maus auxiliares. As vaias do público no final foram justas pelo baixo nível técnico apresentado na Arena da Baixada.

Brasil embalado

Maradona disse o que bem entendeu antes do jogo e acabou engolindo as próprias palavras diante da superioridade brasileira em campo na espetacular vitória de 3 a 1, em Rosário, garantindo a presença brasileira na Copa da África do Sul com larga antecipação.

Dunga conseguiu acertar o ponto de equilíbrio da equipe que, bem entrosada e confiante, não deu confiança aos argentinos, se impôs em campo e soube matar no momento certo. O lance mais bonito foi o do terceiro gol, com esplêndido lançamento de Kaká para o artilheiro Luís Fabiano.

Faltou à Argentina melhor padrão de jogo, pois procurou a marcação do gol apenas na base do chuveirinho, sem chances diante da boa postura da retaguarda brasileira, com zagueiros altos e bons de bola.

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