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Ontem foi um tal de acertar ponteiros de relógios e cravar em calendários eletrônicos, assinalando a contagem regressiva para a abertura da Copa do Brasil. Pura convenção. Mas tudo bem. Deixa para lá. No fundo somos escravos e dependentes da folhinha de parede. Sendo assim, e sem perder o velho hábito, o ato simbólico de ontem poderia ter começado no dia 1.º de maio de 2009. A contagem seria esticada para 1.500 dias. Cabral e sua esquadra ficariam felizes da vida pela lembrança do ano da descoberta. O tempo seria maior, digamos, para cobranças e fiscalizações das obras.

Bem, pelo visto e pelos noticiários dos últimos dias, o feto está em posição transversal do útero de nossa mãe gentil. Neste caso o parto deve ser através de operação cesariana. Até porque a Fifa, neste quesito, atua com precisão cirúrgica. A criança tem dia certo para nascer – 12 de junho de 2014. Será geminiano como o treinador do Brasil, que é do dia 11 do mesmo mês. Mas será que neste dia especial, estará Mano ao lado do berço?

Amendoim

Na Copa de 50, a Vila Capanema tinha a mesma cara de hoje. Aliás, quase a mesma. Décadas atrás, o nostálgico coreto foi demolido. Não servia para mais nada. Mais recentemente o Professor Miranda (ex-presidente paranista) fez a curva de fundos e os camarotes da antiga geral. Até aí tudo bem. Os custos das obras hoje não são compatíveis com a atual situação financeira do clube. Ainda assim entendo que, com criatividade, qualquer pequena mudança no estádio, desde que não seja apenas perfumaria, serve para arejar. Traz bons fluídos.

Aproximar o torcedor do campo de jogo, por exemplo, traz calor humano para o atleta. Sem a pista para distanciar – como La Bombonera, Baixada, Vila Belmiro e outros – melhor para todos: público e jogador. É o apelo atual dos melhores e mais modernos estádios do mundo, e que lembra os velhos "caldeirões" ingleses. No caso do Paraná Clube, o pessoal da curva, que incentiva o tempo todo, fica distante, enquanto os ranzinzas do amendoim ficam ao pé do ouvido para destruir.

Redibição

Vanegas, Onildo, Kerlon, Jorge Seré, Esmerode e outras joias que vieram em épocas distintas para o trio de ferro tiveram seus contratos contestados judicialmente? Quem arcou com o prejuízo? Os empresários? Bem, para quem não convive com a linguagem juridiquês – entre os quais me incluo – explico que redibir significa anular judicialmente uma venda com defeitos ou vícios que impossibilitam o uso ao qual se destina.

Redibição e outros termos jurídicos são facilitados por Ana Zimmerman, jornalista e advogada, no livro Direito Direito Nos Jornais, e que foi lançado esta semana em noite de autógrafos. Uma obra didática e de grande utilidade para jornalistas.

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