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Dia desses marquei um encontro com a inglesa Lynsey Aguiar, executiva da Match Hos­­pitality, parceira da Fifa na co­­mercialização das entradas e hospedagens até 2023. Junto com o Sandro Gabardo, editor-assistente desta Gazeta, tivemos uma longa e boa conversa com a doce senhora. Ela está no Rio de Janeiro e fica até o Mun­­dial de 2014.

Pois bem. O diálogo informal me fez deduzir alguma coisa em relação ao tema. Por exemplo: a nossa soberania, quando se trata de futebol, é flexível e caridosa. Tem a ginga de Ney­­mar, e a tolerância de Jó. Já se ad­­mite – e o ministro Aldo Re­­belo deixou nas entrelinhas – negociar uma diminuta fatia de meio-ingresso para idosos. Estudantes, talvez. E a venda de bebida alcoólica já está liberada.

Não discuto a lei. Acho inclusive que meio-ingresso para estudantes é interessante, mas pondero que haja comprovação de rendimento escolar e prova real de frequência do aluno. Todos sabem que há muitos colégios e universidades de fachada. E quanto à bebida alcoólica, é uma hipocrisia. O torcedor que está a fim, bebe no boteco do quarteirão, e já entra no estádio zuado. Não faz nenhum sentido aplicar a lei seca nos bares do campo. Mas, certo ou errado, é lei.

A Fifa espera a venda de 340 mil pacotes e já começou o re­­passe para as empresas de turismo em vários países do mundo. Roga-se que os fiéis colaboradores comprem razoáveis 200 mil pacotes da entidade filantrópica de Joseph Blat­­ter, para alcançar neste segmento, R$ 500 milhões. Explica-se aí o nosso altruísmo. Meia pataca não seria justo para esta ONG de voluntários franciscanos.

Mirem-se no exemplo

Nossos três clubes têm eleições marcadas ainda para este ano. Paraná e Atlético partem para um bate-chapa. No Coritiba haverá aclamação. Nada de errado a oposição concorrer, desde que não seja tomada pelo ódio. Penso que tanto Pa­­raná quanto o Atlético de­­vam partir para uma administração que tenha o perfil atual do Al­­vi­­verde. O planejamento para três ou quatro anos, mantendo a base de jogadores e comissão técnica, é um avanço nunca antes visto em nossos clubes. O Coritiba serve de exemplo para os candidatos a presidência dos rivais.

Que mal lhe pergunte

O Atlético dispensou mais dois – Edilson e Rafael Santos. Mad­­son também saiu. Até aí tudo bem. Enxugar a folha é necessário. Qual a justificativa, porém, de se manter o uruguaio Morro García, protagonista de uma transação esquisita? Afinal, o Morro não tem vez e o que ele fez já foi demais...

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