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O Atletiba entrou definitivamente no campo de visão de coxas-brancas e atleticanos. Nesta semana e na próxima, qualquer movimento dos rivais terá como referência o encontro do dia 27, no Couto Pereira. O clássico será o termômetro do que foi feito no Alto da Glória e na Baixada até agora e o indicativo do quão dura será a caminhada no returno. As duas partidas pré-Atletiba ajudarão a desenhar este cenário.

O Atlético leva certa vantagem por jogar as duas dentro da Arena, contra Cruzeiro e América. Renato Gaúcho conseguiu encontrar um time dentro do desacreditado elenco rubro-negro. Os quatro jogos sem derrota no Brasileiro foram quatro jogos em que o Atlético teve padrão tático, acertou mais que errou e passou confiança aos torcedores. Agora, precisa transformar isso tudo em um passaporte para fora da zona de rebaixamento, para não entrar no clássico com uma pressão extra.

Os dois últimos estágios do Coritiba antes do Atletiba são fora de casa, contra Santos e Avaí, um dentro e outro fora da zona de rebaixamento. No Peixe há uma angústia para voltar a exibir o futebol da Libertadores e o Leão precisa desesperadamente dos pontos em casa, já que fora tem colecionado derrotas. O grau de dificuldade é perfeito para o Coxa mostrar que o efeito da chacoalhada antes do duelo com o Atlético-MG é duradouro. Contra o Galo, o Coritiba reproduziu o desenho tático e o estilo de jogo da série de 24 vitórias. Rafinha voltou a se movimentar com liberdade pelos lados do campo, Marcos Aurélio saiu do banco para coordenar as rápidas trocas de passe no ataque, Tcheco assumiu a função de dínamo da equipe antes exercida por Léo Gago. Esse é o padrão a ser seguido.

A verdade é que a rodada do fim de semana aponta para um Atletiba espetacular no dia 27. Uma expectativa que os dois jogos que cada um fará pelo Brasileiro antes do clássico precisam manter.

Violência

O mesmo fim de semana que deixa a esperança de um grande Atletiba em campo recomenda preocupação fora dele. Sábado, no Morumbi, as duas organizadas do Atlético precisaram ser separadas pela polícia por causa de uma rixa antiga. No intervalo de Paraná x ABC, na Vila Capanema, mais briga, envolvendo uma facção paranista e integrantes de uma organizada coxa-branca infiltrados na torcida potiguar. Para completar, domingo associados da mesma "torcida" do Coritiba espancaram dois motoristas de ônibus e um atleticano com um boné de torcida organizada.

A polícia segue tratando os atos como crimes comuns. Não percebe – ou finge não perceber – que se tratam de brigas de gangues que usam o futebol como fachada, confiando na histórica complacência com delitos cometidos pelas facções. É urgente que os dirigentes das facções sejam responsabilizados pelos atos dos seus associados e que a polícia seja capacitada pa­­­ra garantir a segurança do torcedor e do cidadão comum que nem pas­­­sa perto de estádio em dia de jogo.

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