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Pelas contas de Ney Franco, com mais três vitórias o Coritiba sobe. Outras três – conta minha – e será campeão. Uma matemática bem real para quem ainda tem dez rodadas pela frente e tem sido cada vez mais eficiente.

E se for campeão, o Coritiba borda uma estrela de prata na camisa? Há alguns meses ouvi uma entrevista do Vilson Ribeiro de Andrade, em que ele admitia, sim, essa possibilidade. Conceitualmente sou contra. Imortalizar no uniforme um título de Segunda Divisão é balizar as pretensões do clube. Quem festeja título de Série B se contenta com isso.

Mas há exceções. O título de 95 do Atlético é uma delas. Foi uma conquista que marcou o início de um novo período no clube. Ter a estrela prateada na camisa lembra ao atleticano o quanto foi sofrido o caminho para poder bordar uma amarela também.

O Coritiba de 2010 é outra exceção. Se for campeão da Série B – como tudo indica que será –, o Coxa protagonizará uma das maiores viradas da história do futebol brasileiro. A estrela prateada seria o símbolo deste renascimento. Ao invés de deixar opaca, só aumentaria o brilho da estrela amarela posicionada acima do escudo.

Passeio

Coritiba e América-RN fizeram um duelo de equipes que espiritualmente não pertencem mais à Série B. O Coxa jogou com a segurança de um time de Primeira Divisão. Partiu para o ataque logo no início, fez 1 a 0. Tirou o pé, sentiu o perigo, voltou a forçar e decidiu o jogo. O Mecão exibiu-se com a leseira de quem percorre o sertão de "cadeira elétrica" para jogar pela Terceirona: alguma vontade sufocada pela má qualidade técnica. Ano que vem, cada um estará no seu devido lugar.

Equilibrista

Roberto Cavalo armou bem o Pa­­raná em Guaratinguetá. Posi­cionou uma linha de cinco defensores protegida por dois vo­­lantes; Wanderson avançado; Wiliam e Pimpão na frente. Demorou a fazer o gol porque falta ataque, carência acentuada pela lesão de Anderson Aquino. Não à toa, um zagueiro abriu o caminho para a vitória, selada por Kelvin, este, sim, símbolo da renovação que se espera na Vila Capanema. No Paraná de 2010 as coisas estão sempre a um passo de dar certo, mas também a um passo de dar errado. E assim, na corda bamba, o Tricolor vai se mantendo na Segundona.

Incrível

Surreais os relatos via Twitter de Rafael Zucon, supervisor do Para­ná. A torcida do Guará torceu abertamente pelo Tricolor, desfilou pela arquibancada do Dario Leite com um caixão do seu próprio clube, que ano que vem se muda para Americana. Ação bem conhecida do futebol paranaense, que tem se espalhado pelo país e a CBF não faz nada.

Tostão está de férias até o dia 31/10. Leonardo Mendes Júnior é jornalista, editor da revista ESPN e do blog bolanocorpo.com.

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