A dura vida de técnico

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Veja como são as coisas. Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo estão desempregados. Maiores vencedores dos últimos tempos no futebol brasileiro, ambos estão disponíveis. Muricy é disputado por Palmeiras e Inter (este veladamente). Luxemburgo era o treinador mais caro do país.

Quem estaria disposto a pagar para tê-los? Para Muricy o Internacional parece uma melhor opção, mas a ida para Porto Alegre depende de um fracasso amanhã, no Beira-Rio. Tite, ao se manifestar sobre a postura de Muricy em relação às críticas a Cuca, sabia que a cabeça ficaria a prêmio. Vencer o Corinthians na decisão da Copa do Brasil é imperativo.

É a vida de técnico. É assim. Pressão total, o tempo todo. O mercado mudou. Times que planejam o futuro mantém seus treinadores por longos períodos. Muricy e Luxemburgo trabalham desta forma. No Palmeiras, Muricy ficaria sujeito ao humor dos cartolas e sua imagem de são-paulino um dia pode atrapalhar. No Inter, isso não existe.

Peguemos então outro exemplo. Celso Roth montou o Grêmio da Libertadores, mas caiu antes de completar o serviço. Com Autuori os gaúchos podem pagar o preço da aposta. Alguém assumirá a mudança como um erro em caso de fracasso? O Cruzeiro, de Adílson, vem preparando a conquista da Libertadores longe de turbulências.

Enfim, o mercado dos técnicos está efervescente. Enquanto Muricy e Luxemburgo não se definirem, muitos técnicos – Mancini, do Santos, e Tite, do Inter, que o digam – ficarão como sono complicado.

Lições africanas

Vencemos a Copa das Confederações. Precisamos assimilar as lições e avaliar o resultado com serenidade. Dunga descobriu Ramires. Robinho mostra que está bem no pagode, mas no campo... Nossa defesa tem fragilidades e do "meio para frente" somos os melhores. Dunga tem o grupo nas mãos. Agora, jogamos contra ninguém, com todo o respeito a italianos, americanos e africanos...

Reunião tricolor

O repórter Ângelo Binder destacou no site da Gazeta do Povo que a "diretoria fez reunião com Zetti, cobrando rendimento do time" e que o "presidente Aurival Correia queria explicações para a má fase paranista". Talvez fosse o caso de a diretoria explicar para Zetti, que chegou outro dia, quais as razões para a má fase tricolor. E para a torcida também...

Personagem: Luís Fabiano

Sempre ele. Artilheiro decisivo. Nos piores momentos do Brasil, Luís Fabiano apareceu para salvar a Pátria Amada, idolatrada... Foi assim contra o Uruguai, no Morumbi, pelas Eliminatórias. Lembram? Foi naquele jogo que ganhou a posição.