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Neymar balançou as estruturas do "Velho Conti­­nen­­te". Recusou a milionária proposta do Chel­­sea, um dos mais ricos clubes de futebol do planeta, e preferiu ficar no Santos. Alguma coisa estranha está acontecendo. Quando um jogador de futebol, que joga num time brasileiro, recusa uma grana preta de um clube inglês, alguma coisa estranha está mesmo acontecendo.

Incrível. O mundo mudou. Quem poderia imaginar uma situação dessas? Aliás, a contratação de Deco pelo Fluminense já mostrava esta tendência. Os brasileiros estão trocando a Europa pelo Bra­­sil. Vários. "Repatriar" é o termo da moda. Seriam saudades do arroz com feijão? Ou a nossa moeda já está tão forte quanto o Euro? Ney­­mar recusou a proposta do Chelsea porque o Santos foi capaz de lhe oferecer vantagens competitivas. O Santos, que outro dia bancou a volta e a recuperação de Robinho.

O exemplo deveria servir para o futebol paranaense. Vejam o caso bem sucedido de Giuliano, herói do Internacional na conquista do bi­­campeonato da Libertadores. Re­­velado pelo Paraná, foi embora pre­­maturamente porque nossos clubes não conseguem segurar seus ta­­lentos. Somos um mercado ex­­portador e isso nos torna coad­­ju­­van­­tes do cenário nacional. Deve­­ría­­mos aprender que não adianta vender tão rápido se quisermos ga­­nhar alguma coisa.

Claro que os dirigentes dirão: "não há como segurar". Há. O San­­tos segurou. E disputava com o Chelsea. Reais versus Euros. E Ney­­mar ficou. Vemos nossos melhores jogadores indo embora sem a me­­nor cerimônia. Marcelo Toscano partiu. Serviu-se do Paraná para se projetar e foi. Ariel vazou do Cori­­ti­­ba. Dagoberto entrou na justiça, foi embora e nem sequer se dá ao luxo de voltar à Arena para enfrentar o Atlético. É assim! Temos que mu­­dar esta relação. Certa vez Onai­­reves Moura, ex-presidente da FPF, propôs o lema "Futebol Paranaense Forte".

Em campo

O Paraná perdeu na terça-feira para o América de Natal em plena Vila. Hoje o Coritiba defende a liderança contra o Ipatinga, adversário que Ney Franco conhece como poucos. Como "jogar fora" não é mistério para um time que ainda não jogou em casa nesta Série B, vencer não se torna um dos maiores desafios.

Na Arena

O Flamengo é daqueles adversários imprevisíveis. O jogo de amanhã é para triplo. Pode dar goleada ou tragédia. Descartaria o empate se tivesse que economizar. Vai ser jogão, isso é certo. Emoções fortes e nervos à flor da pele.

Personagem: Giuliano

O cara! Herói, talismã do time bicampeão da América, artilheiro do Inter, autor de 6 gols na Liber­­ta­­dores, entre eles o que salvou a classificação contra o Estudiantes na Argentina.

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