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Ao contrário da grande maioria, gosto quando a primeira partida de mata-mata é em casa. Sei que é bacana poder contar com a força da torcida no jogo decisivo, mais ainda quando houver necessidade de reverter um placar desfavorável do primeiro confronto.

Mas por que não tornar a primeira partida decisiva? Quase sempre toda a carga de atenção (e de adrenalina) é reservada para o jogo de volta, seja para qual disputante for. É que naquele momento todos sabem o placar que mais interessa, ao contrário do tudo em branco do primeiro jogo. E daí tem o inconveniente de se programar exclusivamente para aquele resultado, seja como for, custe o que custar. O Chelsea que o diga. Construiu – às duras penas, é verdade – a vitória em casa na disputa com o Barcelona e jogou toda a tensão do segundo jogo para os catalães. E nessas horas, em torneios eliminatórios, nem sempre o melhor nível técnico da uma equipe prepondera. Ou alguém contesta a disparada superioridade do Barcelona sobre os ingleses? Mas quem foi à final foi o Chelsea e é isso que vai registrar a história. Esse preâmbulo se encaixa na expectativa do jogo de hoje, entre Coritiba e Paysandu. Sabe-se que o torcedor paraense é fanático e assíduo e que certamente haverá casa cheia na partida de volta, semana que vem. Alijado da decisão do campeonato estadual, o Paysandu tem apenas a Copa do Brasil como desafogo e sua torcida seguramente tentará empurrar a equipe rumo à classificação. Ainda mais se o resultado de hoje permitir alguma esperança de reversão.

Razões suficientes para o Coritiba encarar o compromisso como se fosse definitivo. A construção de uma boa vantagem hoje significa pressão sobre o adversário no retorno. E dela será possível tirar proveito. Teorias, conjecturas, tudo muito fácil de imaginar e de pôr no papel. Mas daí à prática há sempre uma distância. O Coritiba tem a contar com o favoritismo natural de quem joga em casa e está na Primeira Divisão, contra um oponente que hoje se encontra na Série C. A escalação depende da recuperação de Rafinha e sua ausência, se confirmada, terá um peso significativo. Mas, ainda assim e no embalo da bela vitória no Atletiba, o Coritiba tem tudo para encaminhar hoje mesmo a classificação na Copa do Brasil. Tem de fazer valer o favoritismo que lhe é atribuído. Aí tudo se resolve.

Dentro do possível

Na Vila Capanema não teve jeito. O Paraná bem que se esforçou, mas a flagrante superioridade do Palmeiras fez a diferença na vitória por 2 a 1. Os jovens comandados de Ricardinho saíram aplaudidos, apostando na possibilidade de classificação no jogo de volta – vitória por dois gols de diferença, mas não custa acreditar.

O importante é que o time está crescendo de produção e certamente ainda terá muito a oferecer ao torcedor tricolor. Principalmente no Estadual da Segunda Divisão, que começa na semana que vem. E este é o objetivo prioritário. O que vier de fora é lucro dos bons.

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