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Bem que o Atlético tentou, mas não teve como passar pelo Vélez. Canchados em competições internacionais, os argentinos tiraram a saída de bola atleticana e pressionaram na marcação, levando os zagueiros aos erros que permitiram o resultado de classificação dos visitantes.

O Atlético bem que teve chances, mandou duas bolas na trave, mas não foi suficientemente organizado para conseguir fazer valer os momentos que teve Contando ainda com duas defesas incríveis de Sosa, teve de amargar um mau resultado, que não tira as chances de classificação, mas adia a pressão para a última rodada, quando terá de enfrentar a altitude de La Paz. Por isso, é conveniente a torcida dos rubro-negros por um tropeço dos bolivianos hoje, contra o Universitario. Ou até que vença, mas por um gol só.

Também não se deu bem o Coritiba, que ontem enfrentou o Maringá, fora de casa, na primeira partida de semifinal do Campeonato Paranaense. Perdeu pelo mesmo placar de 2 x 1 e tem de recuperar o resultado na partida de volta, domingo, no Alto da Glória. Noite de derrotas, não foi bom para ninguém.

Cada vez menos

Os próprios torcedores paranistas admitem: o Paraná está perdendo o status de time grande. Para quem "já nasceu gigante", conforme atesta o próprio hino, e foi o grande conquistador de títulos dos anos 90, o acentuado declínio dos últimos tempos é doloroso. E o que é pior: parece não ter volta.

A demissão do técnico Milton Mendes (a pedido) recolocou em foco questões que vêm minando a estrutura do clube e que impedem qualquer projeção mais otimista em curto prazo. E tudo tem a ver com a falta de recursos para gerir um inchado departamento de futebol, cujas receitas não comportam mais todas as despesas inerentes à estrutura administrativa.

Hoje, no terceiro mês do ano, o clube ainda não conseguiu pagar os dois primeiros meses a boa parte de seus funcionários e os jogadores só receberam os proventos de janeiro, nada além disso. O próprio Mendes deixou o comando sem ter recebido um centavo sequer (pelo contrário: teria pago do próprio bolso a alguns jogadores para possíveis necessidades financeiras imediatas de seus comandados).

O Estadual terminou para os tricolores, que só voltam a jogar daqui a duas semanas, pela Copa do Brasil. Entra agora numa fase de incertezas, porque dali, em seguida, começa a Segunda Divisão, da qual o time não consegue se livrar há cinco anos, quase sempre frequentando o bloco intermediário. E quando tudo parece se encaminhar para tempos de calmaria, vem o anúncio de nova falta de dinheiro e os bons fluídos desaparecem de vez.

E o torcedor, cada vez mais frustrado, vai desistindo de tudo, anestesiado, sem mais interesse – o que se reflete nas arquibancadas cada vez mais vazias em jogos menos ou mais importantes do Paraná.

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