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É, parece não ter mais volta. O Atlético desse ano não passa aquela esperança de temporadas passadas, quando, também ameaçado e se arrastando lá atrás, liberava alguns sintomas de bons fluídos para as rodadas restantes do campeonato.

A apresentação de ontem, em Florianópolis, foi decepcionante. Nem mesmo enfrentando um adversário direto, também de baixo nível técnico, o Atlético conseguiu ao menos equilibrar as coisas, levando um gol logo de pronto, outro em seguida e aí se entregando de vez ao controle do adversário. Levou três gols no primeiro tempo e perdeu o zagueiro Manoel no segundo, expulso. E aí, com um a menos, não tinha mais forças para tentar qualquer reação.

Perdeu o Atlético grande oportunidade de realinhar sua campanha, pois, de forma geral, os resultados ajudaram. Teria sido melhor se Cruzeiro (na quarta) e Ceará tivessem perdido. Mas, de resto, tudo colaborou. Apenas o time não se ajuda, aumentando a agonia de uma torcida que sempre teimou em acreditar e que, aos poucos, começa a pensar que talvez não haja mesmo mais chances.

Ainda é possível

Em momento algum o Grêmio teve chance de respirar. Contava lá com seus desfalques, ausências sentidas e choradas. Mas o Coritiba também tinha lá os seus. Não qualquer dentre os titulares, mas simplesmente dois dos três jogadores mais importantes desse grupo: Rafinha e Leandro Donizete (o terceiro é o zagueiro Emerson, sempre soberbo).

O Coritiba teve o toque de bola, o domínio do jogo e administrou o resultado sem sobressaltos, embora tivesse pela frente um adversário perigoso e em fase ascendente. Concorrente direto, ainda mais. Não fosse pelos erros de passes um pouco acima da média normal de uma partida, a apresentação poderia ter sido classificada como exemplar, impecável. Mas apenas para quem pretendesse agregar um toque de perfeccionismo.

A vitória de sábado devolve ao Coxa o direito de sonhar por uma vaga na Copa Libertadores da América. Mesmo que alguns dos jogos restantes da rodada não tenham oferecido resultados interessantes – exceto pelas derrotas de Palmeiras e Atlético-GO.

Mas, para tanto, é imperativo que comece também a cumprir a outra parte das tarefas de um time vencedor, que é de somar pontos fora de casa. A diferença para os derradeiros concorrentes da ala de cima, limiar da Libertadores, é muito pequena e pode, sim, ser descontada. Desde que o time não se limite apenas a confirmar seu serviço nos jogos em que for anfitrião.

Pode ser já na quinta-feira que vem, no Engenhão, contra o Fluminense? Os cariocas estão desestabilizados pela derrota no clássico de ontem. Seja como for, está na hora de decolar.

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