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Aquele gol no começo da partida poderia desestabilizar qualquer um. Primeiro ataque do Flamengo, primeiro chute a gol, o desvio e a comemoração carioca. Mas o torcedor atleticano parece não ter pensado assim e logo de pronto tratou de amparar o time, que pôs a bola no chão e foi correr atrás do resultado.

Tirando ainda uma escapada de Everton que We­­verton neutralizou, dali em diante só deu Atlético. O time já começa a consolidar o estilo de jogo favorito do técnico Claudinei Oliveira, o toque de bola, que permite a correta armação da equipe à espera da melhor oportunidade de finalização. Quem não se lembra do padrão exibido pelo Paraná Clube antes da mudança de treinador? Pois é assim que as coisas finalmente estão se ajeitando na equipe atleticana, embora tenha custado certo tempo até que as peças pudessem se encaixar.

Firmando a definição tática com três atacantes, mas não com a ligação direta que tanto atrapalhava, o empate de ontem veio de uma bela jogada trabalhada pela esquerda (começou com um calcanhar de Bady, se bem me lembro), protagonizada por Dellatorre e concluída pelo artilheiro Cléo – uma aposta do treinador que vem dando certo. Foi ele que marcou o gol da virada, convertendo o pênalti de Marcelo em Marcelo.

A partida foi definida ainda no primeiro tempo, pois no segundo o Atlético tratou de administrar o resultado. Tanto que o técnico Vanderlei Luxemburgo decidiu radicalizar e trocou três jogadores de uma só vez, aos 13 minutos do segundo tempo – correndo o risco de perder um jogador no tanto que ainda restava de jogo corrido.

O Atlético parece ter reencontrado o bom caminho. Emplacou duas vitórias seguidas, livrou sete pontos do primeiro time da ZR e pode baixar o nível de tensão para os próximos compromissos. Não é uma sumidade, o time ainda sofre pela drástica renovação e tempo perdido na falta de critério na balança dispensas/contratações, mas se encaminha para dirigir suas metas na próxima temporada. Sem assombros.

Tristeza

Por estar na Baixada, não vi o jogo de Florianó­­polis, claro. Mas nem precisaria para tentar entender o que houve no novo fracasso do Coritiba. Se hoje o time está na lanterna, posição da qual não consegue se livrar, não é por conta apenas da goleada do Figueirense. Os problemas vêm lá de trás, de administração, gestão, relacionamento entre dirigentes e jogadores e de uma falta de visão para conseguir montar um time, senão brilhante, pelo menos competitivo. Fico tentando imaginar a tristeza de Alex, que não merecia tudo isso que vem passando. Certamente planejou uma despedida do futebol um pouco mais digna. Por tudo o que ele representa, pelo que é e fez.

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