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Um empate para cada lado. E cada um com significado diferente. Começou com o Paraná, na noite de sexta-feira, controlando o resultado e fazendo do América-MG um coadjuvante em campo. Mas daí, por força do excesso de zelo, os tricolores permitiram a aproximação dos mineiros em sua grande área. E o resultado foi o gol de empate, quebrando a expectativa de retorno da equipe ao grupo principal de classificação da Segunda Divisão.

Na teoria, o resultado não foi ruim. Empate com o América-MG (que vinha de série de vitórias) em Minas é de se computar no ativo. Mas, pelo que se viu em campo, o Paraná poderia ter ido mais longe, trazendo mais dois pontos de lá.

O Coritiba também empatou fora, mas, de seu lado, pode receber bem o resultado. Fez um primeiro tempo muito instável, permitindo o domínio do Flamengo, que marcou o primeiro gol, desperdiçou um pênalti e teve o controle da partida.

O que deve ser computado é o bom desempenho da equipe no segundo tempo, principalmente a partir da entrada de Everton Costa, que abriu o ataque e permitiu maior movimentação da equipe do meio de campo em diante. Robinho cresceu muito, Alex pôde comandar o jogo e a reação coxa foi natural, a partir do melhor aproveitamento da bola jogada. E ainda teve outro fator a ser comemorado: a volta de Emerson. Não pela saída de Chico, lesionado, pois vinha muito bem no jogo e até tinha feito um gol. E sim pela projeção de futuro que Emerson representa, zagueiro de seleção brasileira que daqui uns dias estará, certamente, comandando as coisas por ali, na retaguarda coxa.

Afinal, o empate só não foi melhor porque Seedorf acertou uma bomba de fora da área e tirou a liderança do Coxa, que, invicto, segue na ponta de cima. Empate por empate, o Atlético também teve o dele. Mas que sofrimento! Certo que o Grêmio tem muito mais qualidade técnica na soma das individualidades. Um banco com Cléber e Maxi Rodrigues aguardando hora de entrar não é para qualquer um. Sem contar Cris, que já teve seu tempo e passou. Mas os gaúchos chegaram aqui em fase de mutação, troca de treinador e adaptação de novo estilo. Mas nem isso foi suficiente para permitir ao Atlético construir a vantagem no placar. Os quatro meses exclusivamente de treinos, sem nenhuma partida oficial, foram terrivelmente danosos para o time, que tenta, agora, ganhar o ritmo de jogo que poderia ter desenvolvido contra Cianorte, Londrina, Rio Branco e quem mais viesse no campeonato estadual.

Sente-se haver potencial no grupo, mas o técnico também não colabora e embola tudo, mantendo meias de criação (Paulo Baier e Elias) no banco, quando teria de ter iniciativa de mandante. Empatou mais uma em casa (onde ainda não ganhou) e entrou na desagradável zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. É penúltimo. Empates, empates, cada um na sua.

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