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O controle remoto quase pegou fogo. Nunca foi tão acionado quanto no sábado à tarde, na complicada escolha entre tantas atrações interessantes na tevê. Certo que ontem também houve algumas, como a eletrizante vitória de Lewis Hamilton na F1, mais os jogos da Eurocopa e o vôlei da Liga Mundial. Mas sábado foi insuperável.

Especialmente para nós, paranaenses, que tivemos nossos três times se apresentando quase que ao mesmo tempo. Primeiro, Atlético e Paraná, pela Segunda Divisão. Depois, o Coritiba, pela Primeira. E no vai-e-vem dos botões do controle, nenhuma grande satisfação. Poderia até ter vindo na vitória do Paraná, pois finalmente o time conseguiu vencer. Valeu o resultado pelos três pontos, pela escapada da desagradável posição entre os rebaixáveis, mas pelo que se viu em campo foi praticamente o resultado de um lance de sorte. "A sorte que premia os bons" – conforme declarou o técnico Ricardinho, parafraseando seu mentor (e de muitos de nós) Otacílio Gonçalves.

O chavão do jornalismo esportivo diria que "venceu, mas não convenceu". Mas venceu – rebateria o torcedor. Sim, mas ainda falta muito para que se possa estabelecer um norte para os tricolores nessa competição. Vai brigar para subir ou apenas passear pelo bloco intermediário? – quem tiver a resposta que se manifeste.

E já dá para dizer o mesmo do Atlético, que não passa – imagina-se – pelas mesmas dificuldades financeiras. Mas como a diretoria do clube só tem como alvo construir um estádio para a Copa do Mundo, seja de que forma for, o futebol está largado e consegue se diminuir perante um CRB, que, cá entre nós, não teria chance de sucesso contra qualquer time do interior paranaense. Deprimente, como de resto algumas das exibições recentes da equipe, dirigida ao sabor dos ventos pelo técnico Juan Carrasco.

Do Coritiba não se esperava muito contra o Flamengo. É a síndrome do jogo fora de casa que toma conta do time. O que não se contava era com o gol impedido do Flamengo logo no início. Tudo bem, foi um detalhe. Centimétrico, mas fatal. Mas não definitivo para construir o resultado.

O Coxa continua pagando pela falta de pontaria. Não adianta o técnico Marcelo Oliveira trabalhar as jogadas, combinar os lances, as trocas de passes, se na hora do arremate nada funciona a contento. Emerson fez o dele, ele sempre faz, embora nem tenha obrigação de tanto. Mas os gols que Roberto e Everton Costa (que jogou bem, diga-se) perderam não podem entrar na contabilidade. Teriam modificado o placar do jogo e o Coritiba talvez tivesse outra história para contar.

Ah, sim, a seleção brasileira. Que jogaço! Não foi um Brasil x Argentina comum. Foi um meninos do Brasil contra os titulares da Argentina. Claro que o torcedor brasileiro não perdoa e quer vencer sempre. Mas se o objetivo é a conquista do ouro nos Jogos Olímpicos, o que se viu no sábado foi altamente positivo. Já estou começando a acreditar.

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