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Esse trocadilho do piloto da McLaren com o título do filme estrelado por Brad Pitt foi bem comum em 2009, ano em que o inglês foi campeão mundial da Fórmula 1 pela surpreendente Brawn GP. Pois bem: ontem, na Hungria, Button mostrou que sua carreira, de fato, é bastante curiosa: em seu 200.º GP, venceu de forma brilhante na mesma pista onde, em 2006, faturou a primeira vitória na F-1.

Outro importante detalhe une essas duas vitórias em Budapeste: as condições variadas de pista, com a chuva ajudando o britânico a consolidar o primeiro lugar. Coincidência? Definitivamente não.

O próprio Fernando Alonso disse que considera Button o piloto que melhor sabe se adaptar às variáveis climáticas em uma corrida. O inglês consegue extrair o melhor de seu carro nestas difíceis condições – além de ter a tocada mais "suave" entre os pilotos de ponta hoje em dia, preservando melhor os pneus. Sua sensibilidade também ajuda a avaliar o momento exato de uma troca, como foi o caso da Hungria, onde fez apenas 3 paradas (e os rivais, 4 ou 5).

Na própria temporada 2011, Button já tinha dado um claro exemplo de que está se tornando um especialista em vencer "corridas malucas" – especialmente se chover. No Canadá, mesmo tendo caído para último após um toque com o próprio companheiro de equipe, Lewis Hamilton, Jenson faturou sua primeira vitória neste ano.

Ontem, na Hungria, os dois pilotos da McLaren voltaram a protagonizar um belo duelo pela liderança – e, ainda bem, sem interferência dos chefes do time pelo rádio. Enquanto Button conseguiu combinar velocidade e constância, o mesmo não pode ser dito de Hamilton. Se na Alemanha ele tinha mostrado todo talento que o consagrou campeão mundial, em Budapeste voltou a carregar demais na vontade de vencer.

Com uma McLaren a menos no pódio, melhor para Vettel, que, mesmo sem ser o protagonista do GP, segue colhendo seus valiosos pontos rumo ao bicampeonato. Na Hungria, ampliou sua vantagem para 85 pontos em relação ao segundo – e, agora, restam apenas oito provas para o final do Mundial.

O jovem alemão, porém, segue cauteloso em seu discurso. Afinal, o piloto da Red Bull sabe que, na F-1, o improvável pode, sim, acontecer. Alguém diria que um piloto tido em fim de carreira (e cuja equipe fecharia as portas no final do ano) seria campeão no ano seguinte? Parece roteiro de filme hollywoodiano, mas esse foi mais um curioso caso que aconteceu com Jenson Button...

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