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Já está ficando rotineira a brincadeira de tentar adivinhar qual será o vencedor diferente a cada corrida da F1 em 2012. Enquanto as possibilidades ficarem abertas, caso da sétima etapa que será disputada amanhã, no Canadá, este exercício mostra o quão diferente está esta temporada 2012.

Tendo sido o mais rápido nos dois primeiros treinos livres disputados ontem em Montreal, Lewis Hamilton virou favorito a ser o sétimo vencedor, ampliando o recorde histórico de equilíbrio da F1. Mas falar em favoritismo nesta temporada tem sido cada vez mais arriscado, e, mesmo tendo dominado os dois treinos, o piloto da McLaren viu outros rivais de várias equipes diferentes virando tempos muito próximos.

Uma temporada tão imprevisível como a deste ano faz parecer passado distante o domínio de Sebastian Vettel e da Red Bull. Mas basta lembrar da vitória de Jenson Button no GP do Canadá em 2011: ele passou o alemão na última volta, numa vitória simbólica, pois foi imposta em um ano de hegemonia da equipe austríaca.

Curiosamente, há quem reclame justamente da falta de momentos como o GP de 2011 em meio a uma F1 tão equilibrada. Particularmente, acredito que o torcedor esteja bem satisfeito com este ano tão imprevisível como o de 2012: afinal, o fator surpresa é ponto fundamental para manter o interesse dos fãs.

Mas, a partir do momento em que se torna banal, aí realmente a "loteria" passa a ser comum – e, logo, deixa de ser surpresa. Esse é o ponto que alguns pilotos reclamam – até mesmo Mark Webber, que, ironicamente, se tornou o sexto vencedor diferente no GP passado, disputado nas ruas de Monte Carlo.

De fato, olhando para as primeiras corridas da temporada, o feito da vitória de Fernando Alonso na Malásia e do segundo lugar de Sérgio Perez com uma Sauber neste mesmo GP parecem menos surpreendentes. Até porque estamos falando de uma temporada em que Pastor Maldonado venceu uma corrida com a Williams!

Mesmo assim, que me desculpem os fãs de duelos ou de hegemonias (seja a construção ou destruição delas), mas assistir à sétima etapa da F1 com chance de ver um sétimo vencedor diferente é uma emoção tão inédita que vale o risco da banalização da surpresa.

Afinal, essa é uma sensação que nunca vivi como torcedor ou como jornalista. Aliás, ninguém nunca viu, já que esse momento jamais ocorreu na F1. Por isso, vendo o GP do Canadá, a certeza é de estar assistindo parte importante da história do esporte acontecer. E disso ninguém pode reclamar.

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