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Mario Celso Petraglia tem vários posicionamentos questionáveis em sua administração no Atlético. Mas ao menos um foi correto desde que reassumiu o clube: a decisão de botar a equipe sub-23 para disputar o combalido Campeonato Paranaense.

O troféu foi sim conquistado pelo Coritiba. Mas, vejam os senhores, o próprio presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, admitiu um prejuízo de R$ 2 milhões para jogar o Estadual, segundo reportagem da Tribuna do Paraná. Trocando em miúdos, que disputa é essa em que o campeão tem de pagar para jogar? Eis um argumento mais do que plausível para defender o fim dos campeonatos estaduais.

Em termos práticos, além da tiração de sarro dos torcedores campeões com os vices, não há nada a se valorizar na disputa dos estaduais. Símbolo maior do atraso do futebol brasileiro, essas disputas envolvem equipes que mal têm um vestiário para os jogadores se trocarem. Não há mais por que existirem. Ou devem existir como uma disputa envolvendo apenas times do interior, talvez como classificatório para a Copa do Brasil ou algo do gênero, mas sem a participação dos grandes de cada estado.

Porque, com todo o respeito às agremiações menores, os campeonatos têm de ter um mínimo de equilíbrio entre os participantes, tanto dentro, quanto fora de campo. Senão, vira jogo de cartas marcadas – você já sabe quem vai chegar à final.

Diante disso, Petraglia decidiu dar as costas ao Estadual. Exagerou na mão ao proibir a transmissão dos jogos e das entrevistas dos jogadores à imprensa. Mas acertou em aproveitar o Paranaense para dar cancha à gurizada do sub-23 rubro-negro.

Com isso, o Atlético lapidou talentos a serem aproveitados na equipe principal ou até mesmo vendidos a outros clubes. O bom Douglas Coutinho, matador nato, que o diga.

O Atlético forjou no Paranaense jogadores que já sabem o que é encarar a pressão da torcida em um jogo oficial, ao ponto de darem um calor na equipe principal do adversário. Enquanto que o Coxa tem um troféu a mais para a história e alguns replanejamentos a serem feitos, entre os quais, o de lançar novos talentos que possam substituir algumas peças que já não rendem o que rendiam tempos atrás.

Londrina

Ao longo do Paranaense, nos comentários que gravei nos podcasts da Gazeta Esportiva, sempre elogiei o bom time do Londrina. E se o Tubarão foi o melhor time do campeonato – se a disputa fosse por pontos corridos, o troféu estaria no Norte do estado, não na capital –, mais da metade da boa campanha se deve ao trabalho do técnico Claudio Tencati. Eis o nome que os grandes da capital devem mirar na próxima troca de comando de suas equipes.

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