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A folia do carnaval acaba hoje. Aos sobreviventes, bem-vindos ao ano de 2010, que, como se acredita, só se inicia mesmo, como todo ano, depois que o "entrudo" passar.

Com um final de semana sem futebol, quando todos os participantes do PR-10 encostaram as chuteiras mergulharam em confetes e serpentinas – exceto o Paraná Clube, que fez o jogo em débito contra o Iraty, sábado, na Vila (e continuou devendo) –, arranjar um assunto futebolístico pareceria tarefa penosa.

Mas eis que vem ao socorro deste cartunista – e dublê de cronista esportivo – a entrevista que Mário Celso Petraglia concedeu à Gazeta do Povo, para a edição de domingo, trazendo novamente ao palco a polêmica matéria "Arena Atletiba".

Acaso Mário Celso Petraglia é maluco? É senil, doido varrido, abilolado, mouco, lelé? Certa­­mente, não. Visionário? Pode ser. Suas ideias sonhadoras e ex­­cêntricas já levaram o Atlético a um nível nunca antes visto neste país – todos conhecem o roteiro surreal percorrido pelo antigo guru rubro-negro. Como conseguiu isso não é o caso, pois "não foi jogado dinheiro fora... está lá, materialmente. Tudo o que foi feito está sendo utilizado", disse sobre o PAC do Pan.

Os olhos de MCP agora insistem em ver o futebol paranaense com uma imprescindível união da dupla Atletiba para sobreviver. Basicamente se livrar do Couto e concluir a Arena, com as verbas advindas do PAC da Copa 2014, que passaria a ser "rachada" entre os dois rivais. Despesas de menos, lucros a mais, segundo seus cálculos. Uma "mais-valia" que tornaria ambos mais fortes para enfim ingressarem no rol dos grandes do futebol brasileiro.

A "sacação" de Mário de dividir a Arena também divide opiniões de atleticanos e coxas-brancas, como deveria ser. Argu­­mentos a favor e contra aos montes. Uns confundem com uma "fusão" dos times, quando seria apenas uma parceria de infraestrutura. Outros acham que isso destruiria a rivalidade histórica dos dois – coisa que, se inibisse também a bandalheira pelos mais passionais, já ganharia muitos votos a favor.

A Arena Atletiba teria um uso privado de dois times, ao contrário de outros gramados que pertencem aos governos de seu estado. No Brasil só se divide estádios públicos. Por que não dividir um privado, afinal?, pergunta Pe­­traglia.

E as cores da Arena Atletiba? Fazer um carnaval de tintas não daria. Para isso foi até sugerido em tom de pilhéria ao Mário que se misturasse o verde, vermelho, preto e branco e o resultado seria a cor do estádio – o que redundaria em cor preta, pode experimentar.

O fato é que a ideia não é de to­­do ruim. Tem sua coerência. Parece samba do crioulo doido, mas não é.

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