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Diante do iminente acerto para que o técnico Mano Menezes assuma a seleção brasileira, a direção do Corinthians já se mobilizou para providenciar um substituto. Trata-se de Adilson Batista, que deixou o Cruzeiro após a equipe ser eliminada da Copa Libertadores, ainda no primeiro semestre. Embora as partes neguem, os contatos já foram feitos e estão bem encaminhados. Se tudo correr bem, a ideia é anunciá-lo no momento em que Mano seja oficializado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como substituto de Dunga, o que deve acontecer até a próxima segunda-feira.

A indicação de Adilson não foi unânime no Parque São Jorge. Diversas pessoas influentes na presidência do clube defendiam a volta de Vanderlei Luxemburgo, atualmente no Atlético-MG. O treinador cinco vezes campeão brasileiro desfruta de boa relação com o presidente Andrés Sanchez. No entanto, há consenso entre os dirigentes que Luxemburgo não vive boa fase e que não seria propício arriscar em um momento no qual o time lidera o Campeonato Brasileiro. De qualquer forma, é um nome que sempre estará cotado.

Assim, alguns detalhes levaram ao nome do ex-técnico do Cruzeiro. Entre eles, dois chamaram a atenção. O primeiro é o fato de Adilson ter uma linha de trabalho parecida com a implantada por Mano. Para os dirigentes corintianos, é fundamental que o novo comandante "não invente moda e apenas administre a linha de trabalho existente", afirmou um diretor ouvido pela Agência Estado. Mano completou dois anos e oito meses à frente do futebol corintiano.

Outro aspecto que pesa favoravelmente a Adilson é o fato de estar identificado com o clube. Como jogador, ele marcou o nome na história alvinegra ao ser o zagueiro titular do time que conquistou o Mundial de Clubes de 2000, o primeiro reconhecido pela Fifa e, para muitos corintianos, o título de maior expressão do clube.

O dia de Sanchez foi complicado nesta terça. Entre várias xícaras de café e incontáveis cigarros, o presidente alvinegro não teve sossego. Além de viver a expectativa pela saída de Mano e da pressão por encontrar rapidamente um substituto para o comando do time principal, o dirigente precisava administrar os palpites que surgiam de todos os lados. "Olha, a única coisa que peço nessa hora é que a CBF defina logo essa história (do técnico)", afirmou no início da noite, sem esconder a irritação com a situação.

O alvoroço entre os palpiteiros de plantão tem uma explicação. Para muitos deles, o time encontrou o caminho para conquistar o título brasileiro. Mais do que o quinto título da história alvinegra nessa competição, o que realmente deixa o ambiente carregado no Parque São Jorge é a possibilidade de terminar o ano do centenário sem uma conquista de expressão.

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