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Torcedora chora a derrota acachapante do Brasil para a Alemanha no Mineirão: frustração com a goleada em casa | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Torcedora chora a derrota acachapante do Brasil para a Alemanha no Mineirão: frustração com a goleada em casa| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Cobrindo a seleção brasileira na Copa do Mundo, assisti a todos os treinamentos na Granja Comary. A catástrofe do Mineirão foi resultado da falta de empenho no trabalho de jogadores e, principalmente, da comissão técnica.

E não foi de agora, a partir do início da preparação, no dia 26 de junho. O Brasil teve um ano inteiro para encontrar alternativas após a Copa das Confederações e nada fez. Absolutamente nada. Optou por se apoiar na conquista, ilusória, de 2013. Lembre-se de que, há um ano, a equipe fez uma, só uma, grande apresentação. Justamente na decisão, diante da campeã mundial Espanha, por 3 a 0. Bastou para o treinador Luiz Felipe Scolari, seu braço direito Flávio Murtosa, e o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira acreditarem que possuíam um conjunto em mãos. Não tinham. Como ficou óbvio desde a largada do Mundial.

Vencemos a Croácia com a ajuda da arbitragem. Ficamos no zero com o México. Batemos Camarões, o "mamão com açúcar" da competição. Tivesse o pé calibrado e o chileno Pinilla teria nos eliminado nas oitavas. Diante da Colômbia foi um pouquinho melhor. E o que se via era uma única "estratégia". Bola no Neymar e o chamado "bago pra frente". Só. E, repito, nada foi feito para mudar essa situação. Nos mais de 30 dias até então, viu-se pouquíssima ação em Teresópolis.

Nem mesmo quando Felipão perdeu o camisa 10. O Brasil fez uma única atividade pensando numa saída para pegar os alemães. E, ainda assim, o gaúcho gastou o tempo tentando iludir a imprensa com uma formação que não iria utilizar, com Willian ou Paulinho – com medo de dar "armas" ao adversário, como revelou. Nenhuma novidade em se tratando de um comandante completamente superado. E, diga-se, ninguém poderia esperar outra coisa. Felipão tem um discurso só, o da motivação, o do "vâmo lá".

Em nenhum momento esboçou um projeto de futebol – nem mesmo um "pojeto", recorrendo ao luxemburguês. Ou, pelo menos, uma segunda via, caso a primeira se mostrasse superada, como foi o que aconteceu logo de cara.

Foi tudo na base do "zagallismo" – agora professado, especialmente, por Parreira. Foi ele quem disse que o Brasil estava "com uma mão na taça" (já havia declarado que a "CBF é o Brasil que deu certo", piada). Iríamos ganhar graças ao hino, ao apoio da torcida, à "mística" da amarelinha.

Com um time arrumadinho, os germânicos destruíram os anfitriões. Faltou bola para a seleção brasileira. Faltou plano tático. Faltaram alternativas de jogo. Faltou treino. E a conta veio.

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