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As redes nas metas da Baixada ainda estão intactas neste Mundial | Daniel Castellano
As redes nas metas da Baixada ainda estão intactas neste Mundial| Foto: Daniel Castellano

Após aturar o pior jogo da Copa – Irã 0 x 0 Nigéria, na segunda-feira – e ver sua maior expectativa, a partida da campeã mundial e bicampeã europeia Espanha contra a Austrália, na próxima segunda-feira, se transformar em "amistoso" após a eliminação das duas seleções, Curitiba anda merecendo uma compensação. No jogo de hoje, às 19 horas, entre Honduras e Equador, a torcida local espera ao menos superar a decepção de ser a única que ainda não viu um golzinho sequer.

INFOGRÁFICO: Veja a média de gols do Mundial

Ainda mais em uma Copa goleadora, com média de 2,87 bolas na rede por partida – a maior desde a edição do México em 1970 (2,96). Mas há pelo menos um grande complicador. Os hondurenhos vão a campo correndo o risco de bater um recorde negativo. Se não marcarem até os 38 minutos, superarão a Bolívia como time que mais tempo ficou sem gol na história dos Mundiais – a atual detentora da indesejada marca soma 518 minutos.

Após o empate por 1 a 1 com a Irlanda do Norte, em 1982, foram mais quatro jogos: derrota por 1 a 0 para a Iugoslávia, naquele mesmo Mundial, e as três partidas de 2010 – derrotas de 1 a 0 para o Chile e 2 a 0 para a Espanha e empate por 0 a 0 com a Suíça.

"Apenas fazendo um gol já vamos ser épicos, entrar para história", diz o técnico Luis Fernando Suárez, colombiano que comanda a seleção hondurenha. Ele mantém o otimismo mesmo em meio à seca e após a derrota por 3 a 0 para a França na estreia. "Não acredito que o grupo queira apenas isso [um gol]. Espero que em 30 anos alguém destes meninos seja convidado para um seminário para falar sobre uma classificação de Honduras e que digam que ele fez o gol em 2014. A ideia desse grupo é conseguir coisas que as pessoas em Honduras nem pensam", discursou.

Pelo menos nas palavras, a intenção é jogar de igual para igual na Arena da Baixada. É o que espera o comandante do Equador, o também colombiano Reinaldo Rueda. "Precisamos da vitória e eles também. Temos de lidar de forma inteligente com o jogo", disse o treinador, justamente quem estava no banco de reservas hondurenho na última Copa e que fala com conhecimento de causa sobre o adversário. "Sabemos a força de Honduras, e que por alguma razão está aqui. Será um jogo muito intenso".

Os números da primeira rodada do grupo E reforçam que está mais para o Equador marcar o gol inaugural da Copa em Curitiba. O time de Rueda ao menos já balançou a rede uma vez, com Enner Valencia, de cabeça, na derrota de virada por 2 a 1 para a Suíça, em Brasília – jogo no qual finalizou 10 vezes (6 em direção ao gol). Honduras mal se aproximou da meta adversária no 3 a 0 para a França, em Porto Alegre – chutou apenas 4 vezes (2 no alvo).

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