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Operários da obra da Arena da Baixada fizeram protesto de quatro horas no lado de fora do estádio | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Operários da obra da Arena da Baixada fizeram protesto de quatro horas no lado de fora do estádio| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Depois de três dias de ritmo reduzido nas obras da Arena da Baixada, hoje a promessa dos trabalhadores do estádio é de paralisação total a partir das 7 horas. A proposta foi feita ontem à tarde, quando o ritmo dos trabalhos caiu para 40% do normal e cerca de 150 trabalhadores bloquearam 500 metros da Avenida Presidente Getúlio Vargas, ao lado do estádio, durante quatro horas, reclamando do atraso no pagamento do último salário.

Por parte da CAP S/A, gestora da obra, há a expectativa de que ainda hoje o atraso nos pagamentos seja sanado, com o repasse de R$ 6 milhões pela Fomento Paraná. "Entre hoje [ontem] e amanhã [hoje] isso vai ser resolvido. É a promessa da Fomento Paraná", afirmou o coordenador-geral da obra, João Riskalla.

Para que haja a libera­­ção dessa verba, o clube e a Co­­missão de Acom­­pa­­­­­­nha­­men­­to da Execução Técnica das Obras da Arena (grupo formado pelo poder público e o Sinduscon) encaminharam à Fomento um relatório mostrando os avanços nas reformas que permitem, conforme exige o contrato, a liberação de mais dinheiro do financiamento. Ontem, o documento foi visto pelo prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet.

O novo aporte financeiro só vai ocorrer com ajuda do go­­verno estadual, visto que o banco só terá condições financeiras de fazer novo repasse em 17 de abril. O último foi na semana passada: R$ 22 milhões, equivalentes a duas parcelas do quarto financiamento para as obras na Arena.

Na sede administrativa do Atlético, os operários que protestavam esperavam ouvir explicações do presidente do Atlético e da CAP S/A, Mario Celso Petraglia, mas Riskalla foi o único a prestar algum esclarecimento.

Os casos de greve começaram na última segunda-feira, com 30 funcionários da área elétrica. Depois, houve adesão de trabalhadores da área de limpeza. Entre eles, boa parte dos cerca de 400 haitianos que atuam nas obras do estádio. Ontem, funcionários de outras áreas se juntaram à mobilização e promoveram o bloqueio que impediu a passagem dos carros, gerando congestionamento nas ruas adjacentes.

"Estaremos aqui mais uma vez, cobrando. Eles [da CAP S/A] estão sossegados, já têm um estádio novo, vão ter o dinheiro. Mas e nós, que esta­­mos sem ter como pagar as contas?", questiona o agente de limpeza haitiano Ezequiel Millet.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Cons­­tru­­­­ção Civil de Curitiba e Re­­gião (Sintracon), Domingos Oliveira David, afirmou que a entidade liderará a paralisação de hoje. "Vai estar todo mundo aqui fora e quem estiver dentro do estádio [trabalhando] vai sair também", afirmou.

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