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Operários que fazem a instalação elétrica do estádio cruzaram os braços ontem e prometem mais um dia de paralisação | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Operários que fazem a instalação elétrica do estádio cruzaram os braços ontem e prometem mais um dia de paralisação| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

O Atlético admite levar até 15 de maio, prazo final para a instalação das estruturas temporárias exigidas pela Fifa, a conclusão da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. É duas semanas além da data em que o clube pretendia deixar o estádio pronto. O motivo alegado é a demora no repasse do quarto empréstimo tomado junto à Fomento Paraná. Falta de dinheiro negada pela agência estadual, que garante ter depositado R$ 22 milhões na conta da CAP S/A, semana passada.

"Nosso prazo para a conclusão é 30 de abril e a última parcela do repasse do quarto contrato não se confirmou. Já estamos considerando ter de estender para 15 de maio. O que precisamos é de recursos para pagar operários e, depois do pagamento, fazer um plano para o aumento de contingente. Hoje [ontem] a obra já trabalhou em um ritmo mais lento e vai seguir caindo", disse o diretor construtor do Atlético, Luiz Volpato, engenheiro responsável pela obra.

A queda no ritmo pôde ser sentida com o não cumprimento de dois marcos da obra: conclusão da instalação dos assentos (30/3) e conclusão da iluminação do campo (5/4). A alegada dificuldade financeira ainda provocou, ontem, a greve de 30 funcionários da A.A. Camargo, empresa que faz parte da instalação elétrica do estádio – área tratada como prioritária pela Fifa. A paralisação será mantida hoje.

"Estamos sem vale trans­­­­porte, mas estaremos aqui[em frente à Arena] amanhã [hoje] às 7h30 esperando que alguém venha nos falar quando vamos receber", disse o operário Antônio Carlos Almeida de Souza, de 31 anos. O coordenador geral da empresa, Marco Aurélio Vargas, reconheceu o atraso dos pagamentos e disse que a causa foi não ter recebido da CAP S/A. Ontem à noite ele se reuniu com diretores da entidade.

"Vamos tentar outras fontes de renda, como alocar verba de outras obras em que estamos atuando, para pagar nossos funcionários", disse, sem descartar que a greve poderia se estender a outros setores das obras da Arena.

Ao todo, 1.350 operários trabalham na Arena e cerca de 300 empresas têm contrato com a CAP S/A. Esta é a segunda vez que operários da Arena param de trabalhar por atraso nos pagamentos. Em dezembro do ano passado, cerca de 250 trabalhadores pararam suas atividades por três dias.

Na época, o presidente da CAP S/A e do Atlético, Mario Celso Petraglia, chegou pedir pessoalmente que os funcionários retomassem o trabalho. Outra "parada forçada" nas obras da Baixada aconteceram em outubro, quando a Justiça do Trabalho interditou a construção por cinco dias, pela falta de condições de segurança no local.

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