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Militares se reuniram no quartel do Pinheirinho para simular situações de emergência | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Militares se reuniram no quartel do Pinheirinho para simular situações de emergência| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Seminário

Ministro admite que "é tarde" para ouvir reivindicações

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu ontem que "é tarde" para ouvir as reivindicações dos movimentos sociais sobre a Copa. "Antes tarde do que nunca", desabafou o ministro durante o Seminário "Diálogos: Governo-Sociedade Civil: Copa 2014", que reuniu cerca de 300 pessoas em Curitiba. O objetivo do encontro, que percorre todas as cidades-sede do Mundial, é apresentar o legado do evento. "Infelizmente, transformaram a Copa no paraíso da corrupção, no domínio da Fifa sobre o Brasil. E não é isso". Moradores da comunidade Nova Costeira, de São José dos Pinhais, participaram do evento. Eles terão que ser realocados com as obras do Aeroporto Afonso Pena.

  • Homens do Bope fizeram, ontem, treinamento na Pedreira Paulo Leminski

Bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, balas de borracha e jatos d'água. Tudo isso misturado a tanques de guerra e militares armados. O cenário, que lembrou um campo de batalha, fez parte de um treinamento, ocorrido ontem, para preparar as forças de segurança para a Copa. As atividades foram feitas no quartel da 5.ª Divisão de Exército, no Pinheirinho.

INFOGRÁFICO: Confira os pontos que serão ocupados pelo Exército

VÍDEO: Assista ao treinamento da Polícia Militar em Curitiba

A força de contingência só será usada em situações extremas, no caso do esgotamento da capacidade operativa dos órgãos de segurança. A atividade fez parte do primeiro dia de ação da Operação Pinheiral, que segue até o dia 17, e reúne mais de 3 mil militares na capital do estado. Além de 2,2 mil militares do Exército, participam outros 800 da Força Aérea e da Marinha. O treinamento conta também com a participação dos órgãos de segurança pública das esferas municipal e estadual, como Polícia Militar, Defesa Civil e Guarda Municipal.

Hoje, a população deve perceber a presença dos militares pelas ruas. A partir das 14 horas estão programados treinamentos de ocupação de 16 pontos considerados estratégicos para a realização dos jogos na cidade. Antes, por volta das 8h30, um grupo especializado participará de uma simulação com emprego de cães e equipamentos de detecção anti-­bomba, antiquímico, biológico e radiológico na Arena da Baixada. Amanhã, a partir das 13 horas, haverá um treinamento antiterrorista, com a simulação de um ônibus sequestrado.

Ontem ainda, durante a noite, foi realizada uma simulação no Aeroporto Afonso Pena de retomada de uma aeronave sequestrada. A ação envolveu Exército, Aeronáutica e demais órgãos de segurança pública.

PM também faz testes para a Copa

Diego Ribeiro

Mais de cem policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizaram ontem quatro exercícios de simulações de casos de emergências em Curitiba. O trabalho faz parte da série de treinamentos dos policiais para a Copa do Mundo, que começará em um mês. Em um dos exercícios, que ocorreram na região da Pedreira Paulo Leminski, a PM simulou ações de manifestantes violentos, como ocorreu em algumas cidades do país em junho de 2013.

Os testes demonstraram como a polícia agirá nos casos de resgate de alguém ferido durante um tiroteio, atentado à bomba, roubo seguido de sequestro e o controle de tumulto de manifestantes violentos. "Em qualquer caso desses a PM tem 400 policiais especializados em operações especiais que podem ser convocados de imediatos", diz o subcomandante-geral, coronel Péricles de Matos, que acompanhou os exercícios.

Greve

O delegado da Polícia Federal Flúvio Cardinelle Garcia, presidente da Comis­são Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para Grandes Eventos (Coesge), comentou, depois dos testes, que o Paraná tem um plano B em caso de greve de servidores da segurança pública. Segundo ele, há contingente reserva que dará conta em qualquer emergência.

O coronel Péricles disse que a tropa está do lado da população e que está satisfeita com o governo do estado. Por isso, segundo ele, não há risco de greve na PM. Apesar disso, ele explicou que a polícia está preparada para trabalhar em caso de greves e manifestações de outros servidores públicos.

Segundo a assessoria da PM, o espaço foi emprestado pela organização da pedreira e ópera de arame e todo material usado é recurso previsto, dentro do orçamento justificado da PM. Ontem à tarde, veio à tona a informação que a Secretaria da Segurança Pública do Paraná não paga há um ano o aluguel do imóvel do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária. Por isso, há risco de despejo. Os policiais da Corregedoria da PM também podem ser despejados pelo mesmo problema.

Treinamento para não fazer feio na Copa

Situações de risco foram simuladas durante o treinamento de 100 policiais militares na região da pedreira Paulo Leminski. Os treinamentos acontecem diariamente, mas a simulação foi organizada para apresentar o trabalho à imprensa.

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