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Jéromê Valcke visitou o Beira-Rio, em Porto Alegre | EFE
Jéromê Valcke visitou o Beira-Rio, em Porto Alegre| Foto: EFE

O secretário-geral da Fifa, Jéromê Valcke, que está no Brasil vistoriando sedes da Copa de 2014, disse nesta segunda-feira (7) que o objetivo de sua viagem é pôr pressão sobre os organizadores locais.

Acompanhado do ministro do Esporte Aldo Rebelo e dos ex-jogadores Ronaldo e Bebeto, o dirigente francês visitou obras viárias de Porto Alegre e o estádio Beira-Rio, que receberá partidas do Mundial. Cuiabá (MT) também está no roteiro de Valcke.

"[Um dos motivos das visitas] é colocar uma pressão, mostrar que estamos acompanhando o projeto e que não estamos sentados em Zurique [capital suíça e sede da Fifa]. [A Copa] é o projeto mais importante da Fifa, acontece a cada quatro anos e estamos trabalhando com o Brasil nisso desde 2007", declarou.

O francês foi questionado em entrevista à imprensa sobre a declaração, feita em 2012, de que o Brasil precisava de um "chute no traseiro". Afirmou que o episódio foi " há muito tempo atrás". Naquela época, Aldo Rebelo afirmou que não negociaria mais com a Fifa se o representante fosse Valcke.

Indagado sobre uma eventual preocupação com protestos e o clima político no próximo ano, quando o Brasil terá eleições em outubro, o dirigente da Fifa afirmou que a população estará mais interessada na Copa do que na campanha eleitoral.

"O Brasil mostrou ter um grande time na Copa das Confederações e estou certo de que haverá um grande apoio. A Copa foi no Brasil pela última vez em 1950, não acontece toda hora", disse.

O secretário-geral também afirmou que tem conhecimento da iniciativa do Ministério Público Federal de pedir na Justiça o ressarcimento à Fifa de R$ 1 bilhão gasto pelo poder público com estruturas provisórias nas arenas.

A Folha de S.Paulo revelou, na semana passada, que a Procuradoria ajuizou uma ação sobre o assunto em que afirma que não há "interesse público" em bancar essas despesas.

Valcke disse que os termos do acordo com o país-sede já tinham sido firmados em 2007. "Estamos em 2013, a meses da Copa. Fico impressionado com o período [no qual o questionamento é feito]", afirmou.

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