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Felipão encerra sua segunda passagem pela seleção brasileira marcado pelo massacre da Alemanha | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Felipão encerra sua segunda passagem pela seleção brasileira marcado pelo massacre da Alemanha| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

A CBF formalizou no início da noite de ontem o fim da segunda era Felipão à frente da seleção brasileira. O anúncio veio 18 horas após a demissão ser anunciada pela Rede Globo, criando um mal-estar com o staff do treinador. O desfecho, contudo, era iminente desde a eliminação histórica contra a Alemanha por 7 a 1, sacramentada com a incapacidade de reação contra a Holanda, na derrota por 3 a 0.

INFOGRÁFICO: Relembre a trajetória de Felipão em sua segunda passagem pela seleção

Foi após a perda do terceiro lugar que o comandante do time anfitrião do Mundial colocou o cargo à disposição. No desolador vestiário do Mané Garrincha, após a oração com o grupo, Luiz Felipe Scolari comunicou sua decisão. Agradeceu a todos e desejou sorte a muitos que ele acredita terão a chance de lutar daqui a quatro anos pelo hexacampeonato perdido em casa. "O Brasil é muito maior do que o Felipe, do que qualquer um aqui", disse o agora ex-treinador do time nacional.

O acerto do técnico com a CBF previa que o trabalho se encerraria ao fim da Copa e a direção da CBF acatou a decisão do treinador. A notícia, porém, não partiu do ‘empregador’.

"Tem de perguntar para a Rede Globo. Eles que mandam no futebol brasileiro. Estava até o início da tarde na casa do Felipe e nada. Não tinha nada no site da CBF", cobrou o assessor de imprensa de Felipão, Acaz Fellegger, ao ser questionado sobre a demissão. CBF confirmou a despedida do treinador às 18h24 de ontem, enquanto a emissora fez o anúncio às 0h07.

Em um ano e meio, o gaúcho comandou o Brasil em 29 jogos, obtendo 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas – 72,4% de aproveitamento. O número é semelhante à sua primeira passagem, quando teve quase 75% dos pontos (20 vitórias, um empate e sete derrotas), mas foi campeão do mundo em 2002.

Junto do treinador, vão deixar a seleção os demais membros da comissão técnica, inclusive o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira e o auxiliar técnico Flávio Murtosa. "O Scolari e toda a sua comissão técnica merecem o nosso respeito e agradecimento. Eles foram responsáveis por devolver ao povo brasileiro o seu amor pela seleção, mesmo não tendo conseguido o nosso objetivo maior", declarou o presidente da CBF, José Maria Marín, em nota publicada no site da entidade.

O dirigente dará uma entrevista coletiva na quinta-feira. Não está previsto ainda o anúncio do novo comandante do time nacional,

Tite, que ganhou tudo com o Corinthians entre 2011, 2012 e 2013 é o nome mais forte. A entidade também não descarta contratar um técnico estrangeiro, como o português José Mourinho ou o espanhol Pep Guardiola.

Terceira via, Alexandre Gallo, coordenador das categorias de base da CBF, pode assumir o time de forma interina. Ele é cotado para dirigir o time olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

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