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Por causa da forte chuva que caiu ontem à tarde em Curitiba, a reforma da Arena da Baixada teve de ser interrompida, irritando ainda mais a Fifa | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Por causa da forte chuva que caiu ontem à tarde em Curitiba, a reforma da Arena da Baixada teve de ser interrompida, irritando ainda mais a Fifa| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

A Fifa quer um aumento de 50% no número de operários na obra da Arena da Baixada. A recomendação foi feita pelo consultor de estádios da entidade, Charles Botta, durante reunião ontem, em Curitiba. Atualmente, são 1.000 homens trabalhando na construção. O consultor acredita que somente com 1.500 é possível ter segurança de que a reforma será concluída dentro dos prazos estipulados – fim de fevereiro para o evento-teste e 26 de março para a inauguração oficial. O Atlético acredita que é possível atender as duas datas com o contingente atual, mas comprometeu-se a estudar a situação.

Botta chegou à Baixada no começo da tarde, acompanhado do gerente-geral de estádios do Comitê Or­­ganizador Local (COL), Ro­­­­berto Siviero, e do consultor de estádios do COL, Fábio Carvalho. Foi recebido pelo diretor construtor do clube, Luiz Volpato, pelo arquiteto da obra, Carlos Arcos, e representantes da prefeitura e do governo do estado. Encontrou uma reforma em ritmo menos avançado do que esperava e, para piorar, com o canteiro quase parado por causa da forte chuva que caiu em Curitiba.

A visita de ontem foi a primeira de Botta desde o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, em dezembro. Na semana do evento, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, definiu a Arena como um dos estádios com mais problemas.

Antes da Copa das Con­­federações, Botta já havia cobrado um ritmo mais acelerado para que a Baixada ganhasse "cara de estádio". On­­tem, ele voltou a deixar clara a preocupação ao questionar o volume de força de trabalho. Perguntou se havia previsão de contratação de novos operários. Diante da resposta negativa, rebateu que nos outros estádios ainda não entregues há um número maior de funcionários.

"A natureza da obra da Arena é diferente. Nos outros estádios, é uma empresa só. Aqui são várias empresas atuando em frentes diferentes. Com isso, você tem um avanço estrutural muito bom, mas ainda coisas por fazer de acabamento e nas áreas externas", afirmou o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro. "A Fifa está correta. Deveria aumentar o número de operários", acrescentou.

O Atlético fará um estudo do cronograma até segunda-feira. Na terça, apresentará o resultado ao consultor da Fifa em outra reunião. Neste encontro, Botta também receberá uma atualização do financiamento da obra, como detalhes do novo crédito tomado junto ao BNDES, via Fomento Paraná. A fatura atual é de R$ 264,5 milhões.

Quando retornar a Curi­­tiba, o consultor verá em andamento o trabalho de aplicação do gramado na Arena. O serviço começará a ser feito na segunda-feira e a previsão de conclusão é de seis dias. A eficiência da fixação do campo de jogo – plantado e tratado em Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul – é determinante para que sejam cumpridas as datas de abertura do estádio.

Para amanhã está agendada uma inspeção do COL aos gramados dos campos de treinamento para a Copa: Estádio Couto Pereira, Ecoestádio Janguito Malucelli e CT do Caju. A comitiva será formada pela engenheira agrônoma Maristela Kuhn, o técnico em agricultura Tiago Rodrigues e o consultor Andy Cole. O grupo também irá à Arena da Baixada para verificar a preparação do terreno para receber o gramado.

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