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Schuerrle (à esquerda) cumprimenta Mertesacker após marcar contra o Brasil, na humilhante goleada de 7 a 1 | Eddie Keogh/Reuters
Schuerrle (à esquerda) cumprimenta Mertesacker após marcar contra o Brasil, na humilhante goleada de 7 a 1| Foto: Eddie Keogh/Reuters

Um dos maiores choques na história das Copas do Mundo foi produzido na última terça-feira, quando a Alemanha massacrou o Brasil por 7 a 1, no maior vexame do futebol brasileiro em 100 anos de história. As raízes deste resultado estariam, segundo o zagueiro alemão Per Mertesacker, na vitória por 4 a 0 contra a Inglaterra, há cinco anos, no Campeonato Europeu sub-21, realizado na Suécia.

"Tudo começou em 2009, quando vencemos o Europeu sub-21 ao bater a Inglaterra por 4 a 0. Acredito que há uma pequena conexão entre estas duas competições", afirmou o defensor alemão, que foi para a reserva depois do jogo contra a Argélia, nas oitavas de final. "A competição de 2009 foi o ponta da virada. As academias para jovens começaram a se desenvolver bem melhor nos últimos cinco, seis anos", analisou o alemão.

Uma rápida conferida no elenco alemão mostra que a performance contra o Brasil na semifinal deste Mundial foi preparada por um longo tempo. Logo após a saída da Alemanha na fase de grupos da Eurocopa de 2000, realizada na Holanda e na Bélgica, a Federação Alemã de Futebol (DFB) iniciou uma reforma na base e no estilo do desenvolvimento de suas categorias juvenis. Os alemães tiveram de ser pacientes, mas seis jogadores dos 11 que atuaram naquela final em Malmo também participaram no massacre sobre o Brasil.

O sexteto de estrelas que jogou naquela noite - Manuel Neuer, Benedikt Höwedes, Jerome Boateng, Mats Hummels, Sami Khedira e Mesut Özil - possui agora mais de 270 jogos entre eles na seleção principal da Alemanha. "Nós temos um dos mais fortes elencos em que eu já joguei", ressaltou o defensor, que estreou na seleção há dez anos, sob o comando de Jürgen Klinsmann. "Temos dois jogadores excelentes para cada posição e cada um acredita no seu companheiro. Criamos um excelente espírito de equipe durante a competição e, com estes jogadores fantásticos 'crescendo' juntos, fica mais fácil para a equipe", completou.

MAIS DO QUE FELIZ - Mertesacker tem esperança de que o massacre da semifinal não seja o ápice deste time alemão. Ele quer levantar o maior troféu do futebol mundial no domingo no Maracanã. Mas, por enquanto, ele está mais do que feliz para refletir sobre a mais impressionante vitória alemã em muitos anos.

"Este é o melhor resultado da minha carreira, quando se considera a importância do jogo. Não conseguia acreditar", revelou o defensor do Arsenal, que entrou no confronto no lugar de Hummels após o intervalo. "Foi uma loucura assistir nosso time marcar cinco gols tão cedo. Tudo ocorreu com muita fluência Jogamos no meio das linhas deles, encontramos sempre um jogador que estava completamente livre em frente ao gol. Mostramos algumas grandes habilidades, bom toque de bola. Foi lindo de assistir", concluiu.

Sobre os brasileiros, Mertesacker mostrou respeito e afirmou que sabe como é o peso da pressão que o Brasil sofreu por jogar em casa.

"Sinto muito por eles. Passei por isso quando joguei pela Alemanha em 2006, quando fomos eliminados pela Itália na semifinal. As expectativas eram grandes aqui no Brasil e carregar isso nas costas não é fácil. Podíamos ver isso e tiramos vantagem porque havia muita pressão sobre eles", finalizou o zagueiro.

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