Diego Costa diz que não ficará surpreso com vaias no Brasil

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O brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa concedeu entrevista no CT do Caju, em Curitiba, nesta terça-feira (10), e afirmou que não ficará surpreso se for vaiado no Brasil durante a Copa do Mundo. O atacante, que chegou a defender o time verde-amarelo em um amistoso contra a Itália, optou por defender a Espanha no Mundial.

O jogador do Atlético de Madrid falou espanhol durante quase toda a coletiva. Ele declarou que não recebeu manifestações hostis no país, mas disse que não será uma surpresa se isso ocorrer. Por enquanto, o clima é tranquilo.

"Todos têm me tratado de maneira especial aqui. Estou vivendo um momento muito lindo da carreira. Estou contente por jogar no Brasil", afirmou, destacando o apoio da família, que o ajudou a tomar a decisão de jogar pela "La Roja".

Diego Costa ainda afirmou estar 100% fisicamente para iniciar o jogo contra a Holanda, na próxima sexta-feira (13). "Cada vez mais me sinto melhor", disse o atacante ao ser perguntado sobre quanto tempo estaria apto para jogar. De acordo com ele, não há qualquer problema para ele iniciar o Mundial.

No último sábado, Costa jogou 72 minutos no amistoso contra El Salvador, nos Estados Unidos. Na ocasião, o brasileiro chegou a sofrer um pênalti. Ele havia se machucado durante o duelo entre Atlético de Madrid e Barcelona que valeu o titulo do campeonato espanhol para os colchoneros. Dias depois da decisão espanhola, foi confirmada a lesão muscular de nível 1 no bíceps femural da perna direita. O atacante chegou a entrar na final da Liga dos Campeões, mas saiu depois de nove minutos de jogo.

Curitiba e obstáculos

Diego Costa falou ao lado do volante Sergio Busquets. Os dois jogadores também falaram sobre o clima de Curitiba e os principais obstáculos da Copa do Mundo. Na avaliação de Costa, a adaptação ao gramado deverá ser um desafio durante os jogos.

"O clima quente será um obstáculo, mas o principal vai ser o estado do gramado", disse o brasileiro, em bom espanhol. Se o gramado estiver alto e seco, o toque de bola espanhol pode ter dificuldades, pois a velocidade da bola diminui, dando mais tempo de os marcadores chegarem.

Busquets elogiou o centro de treinamento do Atlético e voltou a lembrar que o treino em clima mais ameno servirá para não haver desgaste físico desnecessário. "O clima é bom para preparação física. Os campos são bons. Ainda não tive tempo de conhecer a cidade", respondeu ao ser questionado como está a estadia em Curitiba.