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Equatorianos treinam na Arena da Baixada para partida desta sexta-feira | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Equatorianos treinam na Arena da Baixada para partida desta sexta-feira| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A novidade

Pouco antes do treino de reconhecimento da Arena da Baixada, ontem, em Curitiba, o técnico de Honduras, Luis Fernando Suárez, confirmou a presença do meia Jorge Claros (foto) no lugar de Wilson Palácios, expulso na estreia contra a França. Suárez ainda afirmou que deve realizar outras mudanças no time para a partida contra os equatorianos, mas manteve o mistério.

Sentado ao lado do treinador na coletiva de imprensa, Jorge Claros foi questionado em relação à pressão por substituir o melhor jogador da equipe hondurenha. Segundo ele, jogar o Mundial é uma pressão por si só. "Acredito que sempre há pressão em Mundiais. Vamos deixar a alma no campo. Vamos ser dignos desses três pontos", disse.

Temperatura

Honduras e Equador fazem o jogo mais frio do Mundial

O jogo de hoje entre Honduras e Equador será o mais frio da Copa do Mundo até agora – a previsão do tempo para Curitiba nesta sexta-feira aponta temperatura entre 8°C e 13°C. Os dois países são de clima tropical, pouco acostumados a baixas temperaturas, mas, como o Equador treina em Viamão, no Rio Grande do Sul, poderia levar alguma vantagem sobre os adversários, cuja base é em Porto Feliz (SP).

O técnico Reinaldo Rueda não concorda, e cita dois exemplos de que na prática é diferente. Um do seu próprio time: "Temos jogadores que sentiram a temperatura [alta] em Brasília e aqui não será diferente. Achamos que a Suíça sentiria mais do que a gente lá, em teoria poderíamos ter vantagem, mas eles acabaram ganhando o jogo", lembra, sobre a derrota por 2 a 1, com gol no último minuto, há cinco dias. O outro é a goleada dos croatas por 4 a 0 sobre os camaroneses, quarta-feira, na quente e úmida Manaus: "Acho que a umidade devia afetar mais a Croácia do que Camarões e o jogo nos mostrou algo totalmente diferente".

O maior desafio para a seleção equatoriana nos últimos dias foi psicológico: esquecer a dolorosa derrota por 2 a 1 para a Suíça, domingo, em Brasília, com gol sofrido no último lance da partida. Tanto que o técnico Reinaldo Rueda é contundente ao dizer que na forma de jogar "não tem de mudar nada".

O colombiano apenas pretende corrigir falhas pontuais que levaram ao resultado ruim na estreia. "O Equador fez uma partida muito aplicada e a situação de perder no último segundo não tem porque desvirtuar o trabalho. Naturalmente afeta o time a forma como aconteceu, mas num torneio como esse tem de se recuperar rapidamente. Temos de aceitar as responsabilidades, saber quais foram os erros e encarar um novo desafio", ressaltou.

Para ele e os jogadores, o maior pecado em Brasília foi o time se desorganizar quando tentava a vitória no fim – o lance do segundo gol suíço começou em uma tentativa de finalização equatoriana travada na área adversária. "A ansiedade nos levou a buscar o triunfo depois de sofrermos o empate e a cometer erros. Foi um descuido", disse o goleiro Domínguez.

Uma ansiedade que não pode atrapalhar novamente hoje em Curitiba, sob pena de a equipe ter de digerir uma eliminação precoce. "Sabemos que, se perdermos mais pontos, estamos fora. Por isso vamos partir para cima. Mas desta vez ter mais cuidado e aprender com os erros cometidos contra Suíça", falou o meia Noboa.

Rueda adiantou que pretende manter a escalação da primeira partida, ainda com o experiente meia Edison Méndez, habitual titular, no banco de reservas. "Ele tem uma fadiga muscular e pode nos ajudar por alguns minutos. Não vai começar a partida e é questão de ver em que momento será necessário e se é importante que entre ou não", explicou.

Questionado sobre o resultado preferido no outro jogo do grupo E, entre Suíça e França, às 16 horas, em Salvador, o técnico foi taxativo. "Como são nossos últimos adversários, espero que ganhe a França", cravou, sabendo que esse resultado garantirá a chance de brigar pela vaga nas oitavas de final em um confronto direto quarta-feira no Maracanã.

Como torcem

Hondurenhos

Como o futebol é o esporte mais popular do país, o povo acompanha apaixonadamente sua seleção. A população, predominantemente agrária, acompanha de casa as partidas. Nas maiores cidades, por causa das grandes aglomerações, o risco é a violência. San Pedro, menor apenas que a capital Tegucigalpa, é considerada a mais violenta do mundo (com índice de 174 homicídios/100 mil habitantes).

Equatorianos

As reuniões são amistosas, caseiras e à base de muita aguardiente (destilado aromatizado com anis), acompanhados de muita música. Nem a limitação de horário para a venda de bebida alcoólica recém-estendido para as 22 horas é problema: o fuso horário faz com que a maioria dos jogos seja transmitido no início das tardes equatorianas. O jogo começa, em Quito, às 17 horas.

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