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Ghoochannejhad, o "Ibrahimovic" iraniano, fez a diferença no amistoso com Trinidad e Tobago | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Ghoochannejhad, o "Ibrahimovic" iraniano, fez a diferença no amistoso com Trinidad e Tobago| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Messi não veio, mas o Irã contou com Fàbregas e Ibrahimovic para vencer seu último amistoso antes da Copa do Mundo de 2014. Ehsan Hajisafi (o Césc Fàbregras iraniano) e Reza Ghoochannejhad (o Zlatan Ibrahimovic iraniano) fizeram os gols do triunfo por 2 a 0 sobre Trinidad e Tobago, neste domingo (8), no CT do Corinthians, em Guarulhos. Duas versões persas de craques mundiais em um time que também poderia ter ainda o seu Lionel Messi. Sardar Azmoun, revelação de 19 anos que tem como apelido o nome do astro argentino, foi excluído da lista final pelo técnico Carlos Queiroz.

O amistoso decidido pelos genéricos foi cercado de desinformação e mistério. A atividade, previamente marcada para 16 horas, acabou antecipada em uma hora - mudança confirmada apenas no fim da tarde de sábado. Também foi variável o tempo de abertura do jogo-treino.

Primeiro seria fechado, depois aberto por 15 minutos e, na última atualização, por 5 minutos. No fim, fotógrafos puderam registrar a atividade inteira ao lado do campo, as televisões não puderam filmar a partida e repórteres foram levados para uma sala atrás de um dos gols, a cerca de 50 metros do campo, de onde era difícil ter uma noção clara do que acontecia no gramado.

Queiroz armou o time em um 4-2-3-1, com uma linha fixa de defesa, dois volantes, três meias de maior movimentação e um homem de referência. Hajisafi é o mais móvel dos três armadores. Canhoto, joga tanto de lateral-esquerdo como de volante. Na seleção, é o meia aberto pelo lado esquerdo. Versatilidade que faz ele ser comparado a Césc Fàbregas no seu país e lhe permitiu marcar o primeiro gol do amistoso. Aos 46 minutos do primeiro tempo, em um chute de forte de dentro da área após um escanteio.

Ghoochannejhad é o homem de referência. Alto, forte e com nariz avantajado, tem algo de Ibrahimovic. Fez 11 gols em 15 jogos pela seleção, inclusive o da classificação para a Copa. Usou a cabeça para marcar o segundo gol, aos 9 minutos do segundo tempo, em uma jogada repetida à exaustão pelos iranianos.

"O jogo aéreo é muito forte. Lembra o futebol inglês. Contra a Argentina, que tem defesa e goleiro fracos, o Irã pode levar algum perigo por ali", aposta o técnico de Trinidad e Tobago, Stephen Hart. Sua seleção enfrentou os argentinos na sexta-feira (6) e perdeu por 2 a 0.

A Argentina ainda está distante no horizonte iraniano. A prioridade é o duelo com a Nigéria, dia 16, na Arena da Baixada, em Curitiba. É o jogo que pode fazer a equipe sonhar com uma improvável classificação.

"Nossa Copa do Mundo vai depender muito do jogo com a Nigéria. Irã tem suas armas e acredita que pode fazer coisas boas no Mundial. Fazer com que povo iraniano fique orgulhoso dos seus jogadores", disse Oceano Cruz, assistente técnico enviado por Queiroz para a entrevista coletiva. Ghoochannejhad é menos ambicioso. Evita projeções para qualquer um dos jogos ou mesmo para uma classificação inédita às oitavas de final.

"Os resultados são importantes, mas o mais importante é jogar um bom futebol, aproveitar que não é todo o país que está na Copa do Mundo. Não somos Brasil, Argentina ou Espanha, que têm uma pressão muito grande por resultado. Então, vamos aproveitar", disse Goocha, modesto demais para ser o Ibrahimovic de onde quer que seja.

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