Johannesburgo - Como o futebol não é suficiente para bancar as despesas de manutenção dos estádios utilizados na Copa do Mundo 2010, a África do Sul busca alternativas para, ao menos, diminuir o prejuízo. O uso em conjunto com outros esportes é uma saída que está sendo adotada na maioria das praças.
Todos os estádios reformados, por exemplo, têm o rúgbi como carro chefe. Boa parte deles, como o Ellis Park, em Johannesburgo, e o Loftus, em Pretória, já tinha essa característica antes do Mundial da Fifa. E, de uma forma até desesperada, o Nelson Mandela Bay (Porto Elizabeth), a mais problemática de todas as obras, recentemente começou a receber jogos da Segunda Divisão de rúgbi.
A situação é um pouco diferente em relação às praças esportivas erguidas para o torneio de 2010. Como a maioria tem configuração de arena multiuso, a bola divide espaço com shows. O melhor exemplo disso é o Soccer City, que foi privatizado e agora se chama FNB Stadium em alusão ao banco nacional sul-africano. Já abrigou U2 e Neil Diamond. E embora só tenha tido o discurso do presidente Jacob Zuma como atividade nas duas semanas em que ficamos na África, seus administradores dizem que tem calendário até 2013. O que, para o discurso oficial, já parece ser suficiente.
"São estádios polivalentes que têm uma função maior do que apenas servir ao futebol, mas também de acolhimento a outros eventos", alega Danny Jordaan, vice-presidente da Associação Sul-Africana de Futebol (Safa, na sigla em inglês). "Em Port Elizabeth, recentemente George Benson se apresentou no Nelson Mandela Bay. Por outro lado, o Kaizer Chiefs jogou contra o Ajax Cape Town no Peter Mokaba, em Polokwane. Se não tivéssemos construído o estádio lá, as pessoas daquela parte do país nunca teriam a oportunidade de assistir a alguns dos melhores times jogando em seu quintal", complementa.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Deixe sua opinião