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A aposta na continuidade no trabalho do técnico Joachim Löw finalmente foi premiada. Há dez anos na seleção – dois como auxiliar e oito como treinador –, ele não havia conquistado nenhum título. A taça da Copa do Mundo no Brasil coroou a equipe que carregava o estigma de sempre ficar "no quase".

Löw sempre foi elogiado por saber organizar muito bem o time em campo. Todos os jogadores sabem o que têm de fazer e onde os companheiros estarão. As derrotas nas Copas de 2006 (como assistente de Jürgen Klinsmann) e 2010 e nas Eurocopas de 2008 e 2012 não tiraram o prestígio do treinador que, em outubro do ano passado, teve o contrato renovado até 2016.

Os próximos anos com vínculo garantido serão desfrutados de uma forma melhor, garante. "Havia toda uma pressão acumulada ao longo do tempo. Há uma queda emocional, o campeonato fica pesado, mas os jogadores deram o máximo deles", elogiou.

"São dez anos de preparação para esse momento. Progredimos muito e no Brasil mostramos nosso melhor desempenho", continuou o técnico de 54 anos, o primeiro que conseguiu conduzir uma seleção da Europa a um título em um Mundial disputado no continente americano.

Além do histórico ruim, as lesões de jogadores importantes foram outro grande obstáculo que precisou superar. Nos meses que antecederam a disputa no Brasil, o zagueiro Badstuber, o lateral-esquerdo Schmelzer e os meias Bender e Gündogan sofreram contusões que os impediram de serem convocados. Na véspera do embarque para o Brasil, Marco Reus, um dos talentos do futebol alemão, torceu o tornozelo e foi cortado.

Os problemas continuaram com a Copa em andamento. O lateral Mustafi lesionou a coxa esquerda no duelo das oitavas de final, contra a Argélia, e não pôde mais entrar em campo. Ontem, no trabalho de aquecimento antes da final, o volante Khedira sentiu dores na panturrilha e ficou de fora da partida. O substituto, Kramer, também se machucou e foi sacado ainda no primeiro tempo.

Cenário desfavorável que foi revertido. O gol da vitória diante da Argentina foi construído justamente por dois jogadores que saíram do banco de reservas. Schürrle cruzou para Götze marcar na prorrogação.

"Desde o início, sempre soubemos que não poderíamos contar apenas com 11 jogadores. Com as altas temperaturas que enfrentamos, lesões, todo o desgaste, nunca se sabe quanto cada um vai aguentar", disse Löw, destacando a união demonstrada pelos jogadores.

O elenco ficou marcado pelas brincadeiras durante o período no Brasil. Foi uma espécie de "oba-oba do bem". A comissão técnica soube equilibrar os extremos: descontração fora de campo, mas muita seriedade dentro dele.

"Esse título dará um empurrão na Alemanha. Temos diversos jogadores jovens, como o Reus, Khedira e Kroos, que vão fazer muito ainda pela seleção", exaltou o comandante do tetracampeonato mundial.

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