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Promessas do Coritiba erguem o troféu de campeão da tradicional Taça BH de juniores. Título sobre o rival foi ainda mais saboroso para os alviverdes | Christyam de Lima/ Futura Press
Promessas do Coritiba erguem o troféu de campeão da tradicional Taça BH de juniores. Título sobre o rival foi ainda mais saboroso para os alviverdes| Foto: Christyam de Lima/ Futura Press

Coritiba 1(5) X 1(4) Atlético

A primeira decisão de título na­­cional Atletiba, mesmo na base, teve todas as emoções de um grande clássico entre os dois maiores rivais do Estado. E o título foi para o Alto da Glória. A festa alviverde (como em 1985, no profissional) foi nos pênaltis: 5 a 4, após muito equilíbrio no tempo normal,que terminou em 1 a 1. O Furacão amargou o vice-campeonato de maneira invicta – cinco vitórias e quatro empates em dois jogos. Vitória pessoal para Marquinhos Santos, técnico coxa-branca que levantou duas taças em duas decisões contra seu ex-clube. "É uma emoção muito grande, mas acima de tudo, mostra a força do futebol paranaense, da base paranaense", disse o treinador, antes de ser carregado pelos jogadores.

Duas horas antes da festa, o jogo apresentava outra perspectiva. Na primeira etapa, o Fura­­cão mandou. Tenso em campo, o Coxa assistia ao domínio atleticano. Bruno Furlan, pela esquerda, tentou cruzar e surpreendeu o goleiro Rafael Mar­­tins. Eram nove minutos e o Atlé­­tico saia na frente. O segundo gol parecia perto. O Coxa não conseguia se livrar da boa marcação rubro-negra. Descontente com a produção da equipe, antes mesmo dos 30, Marquinhos Santos mexeu no Coritiba. A rivalidade e excesso de vontade deixaram o jogo mais pegado.

Com o fim da primeira etapa, tudo mudou. O Coxa voltou outro. Com cinco minutos, de bola parada, Tatuí quase empatou, enquanto o Atlético recuava demais, por opção do técnico Paulinho Castro. Com os nervos fora do lugar, Danilo, que havia entrado no Furacão ainda no primeiro tempo, agrediu Tatuí e deixou o Rubro-Negro com um homem a menos. O castigo pelo encolhimento atleticano foi o prêmio pela ousadia coritibana. Em bola cruzada na área, Andrezinho desviou para as redes: 1 a 1.

Os últimos minutos foram de intensa pressão coxa-branca e apreensão atleticana, que apostava nos pênaltis. E foi o que aconteceu, mas com efeito indesejado para o Atlético. Nas cobranças, 100% de aproveitamento até Tomás bater à direita do gol coritibano. Dudu conferiu para o Coxa e garantiu a taça, impedindo o tri do rival na competição, na primeira decisão nacional entre os clubes. "Em 100 anos de história, o clube não conquistou esse título. Foi uma vitória da humildade", disse o meia Tatuí, uma das boas revelações do Coxa. Agora, a ex­­pectativa é ver os valores das duas equipes nos elencos profissionais. De alguma maneira, todos saem vencedores desta decisão. Mas com festa muito maior para o Coritiba de Marquinhos Santos.

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Veja a ficha técnica do jogo Atlético 1 X 1 Coritiba:

Em Divinópolis/MG

Atlético

Leonardo; Edgar (Diego Petri), Pablo Ricardo, Bruno Pires e Herácles; Tomás, Marco Antônio (Danilo), Bruno Furlan (Lucas Sotero) e Esquerdinha (Renato); Edgar Jr e Dennis (Diego Bairo).

Técnico: Paulinho Castro.

Coritiba

Rafael Martins; Walisson (Rafael Lucas), Rafael Bonfim, Rafael Knife (Edu) e Gustavo (Wesley); Molina (Jefferson), Djair, Tatuí e Dudu; Andrezinho e Jânio.

Técnico: Marquinhos Santos.

Estádio: Farião. Árbitro: Antônio Márcio Teixeira (MG). Amarelos: Gustavo, Rafael Bonfim, Djair, Rafael Knife e Jânio (C). Vermelhos: Danilo (A). Gols: Bruno Furlan (A) aos 9/1.° e Andrezinho (C). Nos pê­­naltis: Lucas Sotero, Herácles, Edgar e Renato (A); Andrezinho, Rafael Lucas, Tatuí, Jânio e Dudu (C). Público e renda: não divulgados.

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