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Em entrevista à Gazeta do Povo nesta segunda-feira (12), o presidente do Coritiba, Samir Namur, reconheceu as críticas que vem recebendo tanto de torcedores, como de conselheiros e ex-presidentes do clube.

“O país e o Coritiba são democráticos, com história de alternância entre pessoas e grupos. Todos têm total liberdade de se manifestar. As manifestações aconteceram no Couto Pereira, ninguém vetou ou reprimiu nada”, explicou o mandatário.

Apesar das críticas, Namur cravou: em hipótese alguma cogita renunciar ao cargo, conforme alguns setores do clubes pressionam (o ex-presidente João Jacob Mehl chegou a enviar carta ao Conselho Deliberativo pedindo a renúncia do mandatário).

“Fomos eleitos com um projeto, plano de metas. Não entrei no Coritiba por impulso, vaidade, ego ou brincadeira, mas com um compromisso muito sério. Por causa disso, vou exercer meu mandato até o final. Não existe qualquer hipótese de renúncia”.

Namur ainda comentou a negociação frustrada com Dagoberto, comentou as dívidas do Coxa, anunciou a redução da folha salarial pela metade em 2019, confirmou redução drástica no administrativo do clube, além de indicar o futuro do técnico Argel Fucks e a chegada do novo diretor de futebol.

Confira os principais temas da entrevista.

Carta Jacob Mehl

“Todos têm a oportunidade de se manifestar. Isso vale para os torcedores, conselheiros e ex-presidentes, como João Jacob Mehl. Entendo as manifestações e seus motivos, tanto por resultados como políticos, mas em nenhum momento isso me pressiona a sequer cogitar qualquer tipo de renúncia”.

Rejeição da torcida

“A rejeição é muito justa, pois decorre dos resultados. Foi péssimo pela grandeza do Coritiba e isso só vai mudar se os resultados mudarem”.

Caso Dagoberto

“O Dagoberto conversou com o Coritiba e acabou indo para o Londrina. Eu pessoalmente conversei com o agente do Dagoberto e com o Dagoberto. Eu gostaria de ter trazido ele, era uma contratação viável do ponto de vista financeiro. Era uma aposta que mostrou que seria ótima. Mas fui voz única, o gerente [Augusto de Oliveira] não quis, o técnico [Sandro Forner] não quis e ele foi para o Londrina”.

Folha pela metade

“Fechamos 2018 com folha mensal de R$ 1,9 milhão. Para 2019, isso vai impactar. Vamos projetar uma redução para o ano que vem, a folha vai ficar em torno de R$ 1 milhão. A primeira sacada é a mudança dos profissionais. Acreditamos que teremos alguém que, com R$ 1 milhão de folha consegue montar um time para subir, porque já fizeram isso no passado, sabem o caminho”.

Novo diretor e Argel

“A avaliação do clube é de que o Argel agrada. Até quarta-feira, isso [diretor de futebol e técnico] deve estar bem definido. O Argel tem conhecimento do elenco, tem nome pra aguentar pressão externa, um currículo para suportar essa pressão. A permanência do Argel é uma possibilidade muito concreta, mas alguma redução salarial é necessária. “

Cortes no setor administrativo

Tirando os atletas, o Coritiba tem 257 funcionários. A gente imagina uma redução de 20% neste quadro para 2019, cerca de 50 demissões. Todas as áreas serão afetadas. Avaliamos economia de R$ 170 mil por mês com encargos, valor pequeno. Tem o ônus de mandar 50 funcionários embora para economizar um valor mensal que é menor que um salário de um jogador”.

Vendas de Wilson e Parede

O nosso cenário nos obriga a vender. Não vamos vender por preço baixo. Temos que ser honestos, não vamos liberar de graça, mas se chegar uma proposta boa. A minha vontade como presidente é que o Wilson fique, mas uma diretoria tem que analisar todos os pontos da equação.

Dívidas

Para 2019, a previsão é de R$ 5,1 milhões de dívidas do Profut, R$ 6,8 milhões em acordos trabalhistas já assinados e R$ 4,7 milhões do Pro Tork. Isso por si só já mostra o impacto que essas dívidas têm no dia a dia.

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