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Presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, se emociona durante coletiva. | Foto: Moreno Valério/
Presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, se emociona durante coletiva.| Foto: Foto: Moreno Valério/

O presidente Rogério Bacellar se despediu do Coritiba nesta terça-feira (5) com explicações sobre o término da sua gestão que culminou no rebaixamento do clube para a Série B.

Na última entrevista coletiva, Bacellar rebateu críticas, atacou Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, e detonou técnicos e jogadores.

Veja os principais trechos da entrevista Bacellar:

Desculpas e choro

“Eu e todo o meu G5 estamos muito tristes. Eu assumo total responsabilidade pela queda. Peço desculpas aos nossos sócios. Nós tentamos, mas infelizmente não deu certo. Agora é o Coritiba renascer para voltar à Primeira Divisão em 2019.

Eu queria agradecer aos colaboradores que estiveram comigo durante esses três anos. Eu peguei o clube com a dívida de R$ 200 milhões e vamos entregar o clube com a dívida no mesmo valor, estabilizada. Não existem mais empresas recebendo dinheiro, todos são funcionários do clube”.

“Eu não sou técnico!”

“O presidente não escala o time, não bate pênalti, não faz algumas inversões que o treinador fez. Você acredita nos atletas e acredita no treinador. Tive várias conversas com o Marcelo, como tive com Carpegiani, e muitas vezes existe muita teimosia por parte do treinador. E mesmo não concordando, o treinador tem liberdade para escalar o atleta que ele quer. Nós tínhamos alguns atletas que poderiam ter sido aproveitados melhor. Os treinadores deveriam ter olhado para alguns atletas com outros olhos. É o caso do Daniel e do alemão [Baumjohann].

Quem tem que conhecer futebol tem que ser o treinador. Por isso que eles são treinadores. Eu acho que é muito difícil na presidência do clube, ou você aposta como nós apostamos no Pacheco, ele começou bem e depois teve os percalços, e depois trouxemos um técnico vitorioso achando que ia dar certo e não deu”.

Resposta para Petraglia

“Incompetência? Ele não tem condições de falar em competência. Ele que cuide da vida dele ao invés de se preocupar com o Coritiba. Nós não emprestamos o Couto Pereira porque não existiu reciprocidade prevista no contrato. Nós precisamos da Baixada e ele não emprestou. Tanto que a Justiça nos deu ganho de causa porque a incompetência foi dele quando ele não emprestou. O incompetente foi ele. Ele deveria cuidar do clube dele e esquecer que nós existimos”.

Motivo da queda

“Falta de dinheiro. Se nós tivéssemos receita maior nós teríamos um time mais competitivo. Entrou o dinheiro do Esporte Interativo [adiantamento do contrato de televisão] para pagar conta. A dívida do Coritiba só parou de aumentar na minha gestão. Eu gastei dentro do orçamento que foi previsto. O Coritiba foi rebaixado porque futebol é futebol”.

Kléber

“Depois do episódio do Kléber contra o Bahia [cusparada na 7ª rodada] baixou um baixo astral tremendo no elenco. Ali foi o divisor de águas.

Eu não sei se outro jogador no lugar dele faria a mesma coisa. E o árbitro, além do mais, entrou em campo pensando em punir alguém. Só mostraram as faltas que o Kléber fez. Nós perdemos o capitão foi isso aí que desintegrou o pensamento de jogadores”.

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Ausência em Chapecó

“E eu não fui para Chapecó por recomendação médica. Só porque o médico me recomendou para não ir. Eu já pus três stents no coração e o médico disse que não queria mais mexer no meu coração”.

Rebate a Marcelo Oliveira e jogadores

“Nós demos todas as condições para eles trabalharem. Não devemos nenhum tostão para nenhum jogador. Ninguém pode falar nada para mim. Se teve algum problema, foi entre eles [elenco e comissão técnica]. Eu só não digo que deixo o clube com dever cumprido porque deixo o clube na Segunda Divisão. É que nem prefeito que faz saneamento básico e ninguém vê. E isso não dá voto”.

Elenco é farto de craques?

“Se o torcedor não acreditou, eu acreditei. Eu acreditei porque o Kléber, Dodô na seleção brasileira [de base], Werley, Edinho e vários jogadores que jogaram em todos os clubes do Brasil. Se não deu certo, paciência. Se eu não acreditasse no meu elenco, quem iria acreditar? Agora o Marcelo Oliveira chegou depois, ele não pode avaliar o que eu declarei naquela época. E eu não falei em nenhum momento em Libertadores e ser campeão brasileiro. Eu só disse com a expectativa de que estava certo”.

Assista abaixo a transmissão da coletiva:

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