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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Em contato do presidente Samir Namur com os associados do clube, o Coritiba anunciou a criação de sua marca própria de material esportivo. O Coxa é vestido atualmente pela Adidas. O contrato com a fornecedora alemã, que se estende até o final da temporada 2018, não será renovado.

O clube não deu mais detalhes, mas a marca deve se chamar 1909, referência ao ano de fundação do Alviverde. Uma empresa de Fortaleza, chamada Voleio, aparece como provável parceira na operação do novo esquema coritibano.

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A expectativa é que o custo de produção da camisa seja de R$ 70, produto que seria vendido em loja por aproximadamente R$ 200, com desconto de 20% para sócios. O contrato com a Voleio seria fechado por três anos e o fornecimento alcançaria 20 mil peças.

O clube pretende divulgar nas próximas semanas novidades sobre a empreitada. O objetivo do Coxa é faturar cerca de R$ 1 milhão de reais já no primeiro ano. “A atual diretoria decidiu por opção radicalmente diferente quanto ao fornecimento de material esportivo”, declarou Samur.

De acordo com o comunicado aos sócios, os acertos com a Nike, fornecedora anterior, e a Adidas, a atual, duas gigantes do setor, nunca foram satisfatórios do ponto de vista financeiro. Em 2012, o clube obteve R$ 523 mil de lucro com material esportivo. Já em 2016, o número alcançou apenas R$ 237 mil.

Outra alegação do clube para a mudança é a possibilidade de ter mais autonomia para a criação dos uniformes. “Quantas vezes o torcedor do Coritiba desenhou e postou seus uniformes nas redes sociais, sonhando com o dia em que o clube atendesse suas preferências?”, questiona a mensagem.

O Alviverde abraça uma tendência que já chegou ao Brasil. Paysandu e Fortaleza foram pioneiros desse tipo de operação no país. O clube conduziu estudos ao longo de meses e procurou especialistas para tomar a decisão de fabricar suas próprias camisas.

Diretor da Lobo, marca própria de materiais esportivos lançada pelo Paysandu em 2016, Emmanuel Athayde, garante que o fato de a torcida do Papão ter abraçado a causa é uma das principais razões do sucesso da operação.

“A marca se consolidou muito rápido e vem crescendo. Hoje, já temos quatro pontos de venda próprios, estamos estruturando um processo de franquia, mapeando outras cidades que podem suportar novas lojas”, assegura. “Então, não apenas consolidou, como trouxe sustentação ao clube”, reforça.

Segundo Athayde, o Paysandu saía em desvantagem nos contratos firmados com grandes fornecedores, que privilegiavam os clubes dos grandes centros em seus acordos. “Normalmente eram contratos menos vantajosos, com royalties menores e sem poder ingerir na definição de layouts e produtos”, esclarece.

Para lançar a operação, o Papão desembolsou em torno de R$ 60 mil em mídia, divulgação e publicidade, além de R$ 150 mil para a construção de uma loja dentro do próprio clube. “A fábrica veio financiando o clube e apostando na ideia. É muito dinheiro, mas essa estruturação fez a diferença para o Paysandu”, complementa.

Os resultados financeiros, por sua vez, têm sido favoráveis ao clube. “Alcançamos resultados hoje acima do padrão da indústria, em torno de 22% de lucro, além de controlarmos contratos de royalties, definir preço da venda e gerar emprego e receita”, completa Athayde.

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