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Thomaz cobra pênalti no travessão sob o olhar atento do ‘malandro’ goleiro Wilson. | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Thomaz cobra pênalti no travessão sob o olhar atento do ‘malandro’ goleiro Wilson.| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

A torcida do Coritiba já está acostumada em ter o goleiro Wilson como principal figura dentro de campo. Contra o Paysandu, no 2 a 0 que recolocou o time no G4, nesta quarta-feira (4), a cena se repetiu, mas de maneira muito mais ampla. Apesar de não terem faltado no cardápio no Couto Pereira, as defesas foram apenas parte dos ingredientes utilizados pelo experiente camisa 84.

Wilson foi malandro, no bom sentido. O Coritiba tinha uma vitória ainda magra nas mãos quando o árbitro marcou um pênalti para o Paysandu. Na conversa com o atacante Thomaz, o batedor adversário, o xodó da torcida alviverde tratou de abalar a confiança do visitante. “Foi mais o jogo psicológico antes. Ele pegou a bola e outro companheiro foi do lado dele [Thomaz] e ele perguntou se queria bater, eu falei ‘Tá pipocando? Bate você, pô!’ Acho que ele ficou meio sem graça e resolveu bater”, relatou o goleiro, que não precisou fazer a defesa. A bola beijou o travessão.

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Malandragem foi justamente o que cobrou o técnico Eduardo Baptista na rodada anterior, após o empate por 2 a 2 com o CSA. O time tomou dois gols e cedeu a igualdade depois dos 40 minutos do segundo tempo. Wilson saiu de campo dizendo que faltou “malícia” para a equipe somar os três pontos. Baptista concordou com o atleta e culpou a juventude do elenco pela falta de sagacidade para segurar o resultado, seja demorando para cobrar uma bola parada, andando na barreira ou usando outros artifícios criativos que os velhacos da bola tiram da cartola.

Antes do momento de trabalho ‘emocional’, a esperteza do arqueiro já havia sido fundamental para o Alviverde no duelo com a equipe do Norte do país. Foi graças a um lançamento longo dele que o time abriu o placar, ainda no primeiro tempo. Depois de ficar com uma bola escorada de cabeça em um lance de escanteio, o camisa 84 encontrou Guilherme Parede correndo no meio da defesa desmontada do Papão. O passe caiu certinho para o companheiro, que teve a competência de finalizar a jogada com precisão.

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Para ter uma atuação completa, só faltou o gol. Mas a noite não teve um pênalti a favor dos donos da casa para consagrar o herói. Com a bola na marca da cal, melhor não duvidar dele.

O jogo com o Paysandu foi o quinto em que o Coritiba não sofreu gols na Série B, em 14 rodadas. Situação rara, mas que vem se mostrando crucial nos resultados da equipe. Sempre que teve sua meta vazada pelo menos uma vez na partida, o Coxa se complicou no placar. Com Wilson buscando a bola nas redes, o Alviverde venceu apenas uma vez, o Criciúma (2 a 1) de virada, no Alto da Glória. Nas outras ocasiões, foram três derrotas e cinco empates.

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