• Carregando...

Diante da repercussão da fraude do exame antidoping de Rebeca Gusmão, revelado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, outro caso voltou à tona nesta sexta-feira. A nadadora brasileira, Laura Azevedo, foi banida do esporte por um problema parecido com o de Rebeca há dois anos. Segundo a mãe da atleta, Margareth, o exame de Laura foi trocado durante o Troféu Brasil, em 2003.

- A urina da minha filha foi trocada. Para se ter uma idéia do absurdo, no exame de DNA que mandamos fazer na urina não constava que ela era minha filha e de meu marido. É óbvio que colocaram o urina de outra pessoa dopada no lugar da dela. Isso é uma máfia - revela Margareth.

Segunda matéria publicada nesta sexta-feira pelo Jornal do Brasil, o exame antidopoing de Laura apontou estanozol, nortestosterona e metiltestosterona. Com isso, a atleta recebeu uma suspensão de dois anos. Depois de conseguir autorização para competir apenas dentro do Brasil, a atleta se negou a fazer o exame durante o Estadual do Rio e acabou sendo banida do esporte por reincidência, em 2005.

Para a mãe da atleta, o sistema de controle de doping no Brasil é ruim. Margareth disse que, no dia em que sua filha fez o exame, vários atletas passavam pelos banheiros de coleta. Laura teria, inclusive, deixado a urina sozinha por alguns minutos quando fui buscar um copo d'água.

- Grande parte da culpa de tudo o que aconteceu foi da minha filha. Ela foi boba, não achava que isso poderia acontecer. Depois que vimos que a urina foi trocada, começamos a ouvir as pessoas falarem sobre essa prática. E, hoje, está mais do que provado que as pessoas realmente fazem isso. Agora, que cada um tire suas conclusões - disse a mãe da atleta que ainda destacou que Rebeca Gusmão estava no local do exame neste dia.

Apesar das semelhaças entre os dois casos, Margareth faz questão de ressaltar a funtamental diferença.

- A grande diferença é que a da Rebeca foi trocada para dar negativo, mas a da minha filha trocaram para dar positivo. Ou será que alguém pensa que a minha filha ia ser idiota ao ponto de trocar sua urina para dopar seu próprio exame? - desabafa.

Laura Azevedo, que mora nos Estados Unidos, ainda tenta provar sua inocência nos tribunais. Ela e sua família aguardam o resultado de mais uma audiência sobre o caso, realizada em setembro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]