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O ex-chefe da equipe Renault de F1 Flavio Briatore disse que ainda vai demorar para que sejam curadas as feridas morais provocadas por seu banimento da Fórmula 1, revertido nesta terça-feira pela Justiça francesa.

O italiano foi expulso da categoria em setembro, por causa da manipulação de resultados no GP de Cingapura de 2008, quando orientou seu então piloto Nelsinho Piquet a bater propositalmente para ajudar o colega de equipe Fernando Alonso.

Um tribunal francês decidiu nesta terça-feira que o banimento foi imposto de forma ilegal pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA).

"Estou muito feliz por mim e por minha família, porque suportei alguns meses muito difíceis. O veredicto devolveu a minha dignidade e liberdade que haviam sido tomadas de mim de um modo arbitrário", disse Briatore, prestes a ser pai, à TV RAI.

"Minha atenção está voltada para a minha família, depois veremos (sobre uma volta à F1). Levará um pouco de tempo, porque a dor que senti nos últimos meses foi muito profunda."

Briatore, que em mais de duas décadas de carreira foi campeão pela Benetton e pela Renault, agradeceu o apoio do presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, e voltou a atacar o ex-presidente da FIA Max Mosley.

O britânico era presidente da FIA na época do banimento e também teve atritos com Briatore ao longo do ano passado por causa de mudanças na Fórmula 1.

Sobre a volta de seu ex-protegido Michael Schumacher às pistas, pela Mercedes, Briatore declarou: "Num ano difícil em que tudo foi manipulado por Mosley, essa é a única boa notícia."

O multimilionário Briatore também recebeu da Justiça francesa o direito a uma indenização de 15 mil euros. Ele pleiteava 1 milhão de euros.

Jean-François Prat, advogado da FIA, disse à Reuters que "muito provavelmente" a entidade irá recorrer da sentença para manter o veto a Briatore. Ele não quis fazer outras declarações.

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