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Terreno  onde serão construídos dois edifícios para o Exército em contrapartida da cessão de espaço para a reforma da Arena. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Terreno onde serão construídos dois edifícios para o Exército em contrapartida da cessão de espaço para a reforma da Arena.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Uma semana após o Exército executar a carta fiança referente à construção não realizada de dois edifícios no bairro Bacacheri, em Curitiba, o Atlético, responsável pelas obras, acertou sua situação com o banco Itaú, que atuou como uma espécie de fiador no caso.

O clube pagará parceladamente R$ 9,2 milhões à instituição financeira, quitando assim o débito pendente desde a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. “A negociação entre o Atlético e o banco está resolvida. O valor inicial era de R$ 7,2 milhões, mas o clube vai pagar a quantia corrigida”, explica o advogado do Furacão, Luiz Fernando Pereira.

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Em setembro de 2014, a 5.ª Divisão do Exército abriu processo administrativo para apurar a paralisação das obras no 27.º Batalhão Logístico. A CAP S/A, sociedade de propósito específico criada para gerir a reforma da Arena, não cumpriu o cronograma de construção de dois prédios de 12 apartamentos cada, propostos como contrapartida pela alienação do terreno de 2.292,67 m² que foi incorporado ao estádio.

O clube, então, optou por ganhar tempo ao entrar com um mandado de segurança pedindo à Justiça para explicar o motivo da paralisação – o pedido foi aceito. Em fevereiro, o Atlético propôs pagar o valor previsto em contrato, mas repassando a responsabilidade de realização para o Exército.

A proposta foi recusada e, na semana passada, a carta fiança finalmente pôde ser executada após finalização de novo processo administrativo. O Exército estima reiniciar as obras em três meses, após terminar processo de licitação.

A dúvida agora é sobre os aluguéis e outras despesas, como taxas de condomínio e IPTU de 18 famílias, previstos no acordo assinado em 2013. O Rubro-Negro é responsável por esse custeio até a conclusão das novas unidades, mas deve acionar a Justiça para contestar os débitos.

Até aqui, o clube cumpriu o acordo. “Não temos preocupação. Mas temos noção de que se há algo que pode dar errado daqui para frente, é isso”, diz acreditar o coronel Roberto Alexandre Eickhoff, chefe do Estado Maior da 5.ª Região Militar.

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