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No comando do Rubro-Negro, Drubscky teve 66% de aproveitamento dos pontos disputados | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
No comando do Rubro-Negro, Drubscky teve 66% de aproveitamento dos pontos disputados| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

O Atlético entrou na semana do Atletiba com mudança no comando técnico, o planejamento na temporada – mais uma vez – contestado, de volta à zona de rebaixamento e atrás de um técnico top. O perfil do substituto de Ricardo Drubscky, demitido nessa segunda (8), requer, no mínimo, experiência para conduzir o recomeço da equipe no Campeonato Brasileiro.

O requisito coloca no rol de candidatos profissionais de renome, ou de "estirpe", como definiu o diretor de futebol do clube Antônio Lopes. "Estamos tentando um treinador experiente, um bom treinador, de Série A, que tenha boa capacidade e experiência de competições nacionais e internacionais. Estamos buscando um treinador top, treinador competente", afirmou Lopes à Rádio CAP, veículo oficial do clube. Ney Franco, Dorival Júnior, Celso Roth, Emerson Leão seriam os nomes mais cotados. Dado Cavalcanti (Paraná), Guto Ferreira (Ex-Ponte), Gilmar Dal Pozzo (Chapecoense) e Cristovão Borges (Bahia) seriam opções mais baratas.

A busca indica uma inversão no modelo adotado pelo presidente Mario Celso Petraglia, adepto a apostas em profissionais desconhecidos e menos inflacionados.

Drubscky foi o último deles. O treinador assumiu a equipe pela primeira vez em junho de 2012. Comandou apenas dois jogos e foi substituído pelo ex-meio de campo Jorginho. Sem vaidade, uma das marcas da sua passagem pelo Atlético, aceitou reassumir o posto após a demissão do antecessor. Respeitado pelo conhecimento teórico, conduziu a dura campanha atleticana de volta à elite, confirmada apenas na última rodada da Segundona 2012.

De contrato renovado, acatou a proposta da diretoria para 2013 em apostar no time B, dirigido por Arthur Bernardes, na largada na temporada, enquanto comandava uma preparação alternativa com a equipe principal. Cada tropeço do sub-23 no Paranaense suscitava mais críticas a ponto de a torcida clamar pela volta dos profissionais. Anseio não atendido e o amargo quarto Estadual perdido para o arquirrival Coritiba.

Enquanto isso, a "nata" rubro-negra era testada em jogos-treinos questionáveis como contra o Laranja Mecânica (Campo Largo) e amistoso com o Cuiabá, na semana passada. Esse período incluiu o título internacional da Marbella Cup, disputada com Dínamo Bucareste (ROM), Ludogorets Razgrad (BUL) e o reserva do Dínamo Kiev (UCR).

"Destaco o fato de termos apresentado um futebol vistoso, valorizando um bom toque de bola e buscando sempre o jogo ofensivo com eficiência", disse o Drubscky, em sua carta de despedida ontem. Foram 34 jogos oficiais, com 19 vitórias, 10 empates e 5 derrotas, totalizando 67 pontos em 102 possíveis, 66% de aproveitamento.

Todo o trabalho, contudo, não resistiu ao início do Brasileirão. A pior defesa da competição, com 13 gols sofridos (ao lado de Criciúma e Vasco) ruiu com a eficiência ofensiva (12 gols marcados) e empurrou a equipe para a zona de rebaixamento – incômodo lugar ocupado pelo Atlético durante toda a temporada 2011 e sacramentada pela degola.

"Infelizmente, os resultados teimaram em não aparecer neste início de Série A, mas o futebol é assim mesmo. Nem sempre os triunfos vêm quando a gente quer", admitiu o ex-comandante, que terá o trabalho dos últimos sete meses revisto pelo novo treinador.

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