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Jorginho deixa de lado a figura de treinador do Atlético e assume a de um “paizão” para cuidar do problema do  goleiro Rodolfo | Antônio More/ Gazeta do Povo
Jorginho deixa de lado a figura de treinador do Atlético e assume a de um “paizão” para cuidar do problema do goleiro Rodolfo| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

A notícia do doping do goleiro Rodolfo pegou em cheio todo o elenco e a comissão técnica do Atlético. Só que para o treinador Jorginho, essa situação teve um impacto bem diferente, muito mais pes­soal do que para o restante dos companheiros de clube. O caso do arqueiro rubro-negro fez o comandante voltar no tempo ao lembrar de quando teve uma situação parecida dentro de casa.

"Em 2003 eu perdi a minha irmã. Meu filho se revoltou e para não perdê-lo para as drogas, eu parei de jogar. Ele não aceitava a situação de ter perdido a madrinha. Aí evitei jogar futebol para cuidar do meu filho. Fiquei dois anos e meio em casa cuidando dele, sendo um pai presente. O futebol nos tira de casa, nos deixa nervosos, revoltados, e às vezes descontamos na família", contou.

Ter vivido isso fez com que Jorginho encarasse de peito aberto o fato ocorrido com seu comandado. Mais que a relação treinador-jogador, ele assumiu que vai tratar Rodolfo como um filho para que consiga dar a volta por cima. "Para mim, o Rodolfo é como se fosse meu filho. Não adianta só falarmos. Temos de tirá-lo desse buraco, tirá-lo dessa doença e dar total apoio a ele. E se ele quiser, terá um paizão aqui, com toda certeza", garantiu.

O volante João Paulo também disse que os jogadores farão de tudo para ajudar o goleiro. "Conversamos bastante sobre isso e vamos dar o apoio necessário. O que depender de mim, ele pode ficar tranquilo."

Se o apoio pessoal parece estar garantido, a defesa nos tribunais não deve ser tão fácil assim – a CBF confirmou ontem o doping por cocaína. O advogado do Furacão, Domingos Moro, adiantou que o atleta dificilmente escapará de uma punição pesada. Mesmo assim, garantiu que o Atlético está preparando um movimento grande para ajudar na recuperação de Rodolfo e, principalmente, na prevenção de novos casos no CT do Caju.

No campo

O técnico Jorginho vai escalar Harrison no meio de campo no lugar de Paulo Baier. Para tirar a responsabilidade das costas do jogador, vai colocar três volantes para protegê-lo – Cleberson, Derley e João Paulo. Com isso, Luiz Alberto entra na zaga e Ricardinho sai do time. Outra novidade é a entrada de Bruno Costa na lateral esquerda – Wellington Saci está machucado.

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