Furacão faz mudança para casa sob medida

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Contratação

Lucas Colombo/ Jornal A Tribuna

O Atlético acertou com o lateral-direito Sueliton, de 27 anos. O Rubro-Negro vai comprar os direitos do atleta. Em 2013, Sueliton disputou 27 jogos no Brasileiro pelo Criciúma, dando três assistências e fazendo dois gols. Outros dois jogadores, o lateral-esquerdo uruguaio Lucas Olaza, do River Plate de Montevidéu, e o meia argentino Lucas Mugni, do Colón, também estão perto de fechar para 2014.

Jogo-treino

O Atlético fará um jogo-treino com a equipe principal diante do Joinville, quinta-feira, às 10 horas, no CT do Caju. Será o primeiro teste do time sob o comando do técnico espanhol Miguel Ángel Portugal, que terá a chance de escalar o provável time-base que enfrentará o Sporting Cristal, em Lima, no Peru, dia 29, em duelo da pré-Libertadores. A atividade será fechada para a imprensa e para os torcedores.

Pelo segundo ano consecutivo, o Atlético aposta em um estádio "sob medida" para mandar seus jogos no Paranaense. O Janguito Malucelli, cuja capacidade liberada pelo Corpo de Bombeiros é de 3.150 espectadores, será a casa do sub-23 rubro-negro no campeonato – com exceção do clássico contra o Coritiba, que deve acontecer na Vila Capanema ou na Vila Olímpica do Boqueirão.

A opção por utilizar um estádio menor é estratégica. No ano passado, contabilizando as dez partidas mandadas pelo Furacão no Ecoestádio, a média de público foi de apenas 2.952 pagantes. Então equipado com arquibancadas tubulares construídas para a Série B de 2012, o local tinha capacidade liberada para 8.500 pessoas. Agora, o clube espera conseguir uma taxa de ocupação maior, pagando cerca de R$ 20 mil por jogo, sem o custo da estrutura temporária – o aluguel do Durival Britto girava em torno de R$ 50 mil por compromisso.

Como o J. Malucelli alega que o estádio comporta cinco mil pessoas, há a possibilidade de tentar elevar a capacidade máxima pedindo uma nova vistoria à Federação Paranaense de Futebol (FPF). Porém os dois primeiros jogos do Furacão, contra Toledo (22/1) e Operário (25/2), já estão comprometidos por falta de prazo.

"[O valor do aluguel] é mais ou menos o que tem sido divulgado pela imprensa. Um preço camarada", confirmou o presidente de honra do Jotinha, Joel Malucelli, dono do campo que na sexta-feira teve por finalizado uma série de reformas bancadas pela Fifa, com direito a um novo sistema de irrigação e balizas padrão Copa do Mundo. O local receberá treinamento de seleções que jogarão o Mundial na cidade.

Além de sinalizar um Es­­tadual cada vez mais em segundo plano para o clube, a permanência do sub-23 atleticano ao lado do Parque Barigui também aumenta a vida útil do gramado do Durival Britto, onde o time principal deve jogar a Libertadores.

Caso passe pelo Sporting Cristal e integre o Grupo 1 da competição sul-americana, a equipe do técnico Miguel Ángel Portugal disputará três duelos em Curitiba, com a possibilidade de atuar no reduto tricolor.

No mesmo período, o Pa­­ra­­ná fará pelo menos três partidas na Vila Capanema – sem contar o mata-mata do Estadual –, o que representaria um jogo por semana. Se os garotos do Rubro-Negro, comandados pelo técnico Petkovic, também jogassem lá, a conta iria para um duelo a cada quatro dias, acelerando o desgaste do piso da Vila, prejudicado em 2013.

Dívida com o Paraná

O Paraná preferiu não se manifestar sobre a mudança do Atlético da Vila Capanema para o Janguito Malucelli para a disputa do Paranaense. Celso Bittencourt, vice-presidente paranista, declarou apenas que o Furacão segue devendo o aluguel do Durival Britto, sem especificar o valor. A casa tricolor foi utilizada pelo Rubro-Negro durante a Copa do Brasil e o Brasileiro do ano passado. Apesar disso, há a possibilidade de o Atlético seguir utilizando o estádio, no confronto pela Libertadores com o Sporting Cristal e no clássico com o Coritiba pelo Estadual.