Mancini cobra postura mais firme dos veteranos no Atlético

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A experiência em campo parece ser a principal aposta do técnico Vágner Mancini para o Atlético reencontrar o caminho das vitórias e sair das últimas posições no Brasileiro. Comparado com a equipe que atuou no clássico Atletiba no último domingo, o Furacão "envelheceu" praticamente um ano e meio em apenas uma semana, entrando em campo neste domingo (21) no empate em 1 a 1 contra o Corinthians com uma média de idade de 25,9 anos, contra 24,7 anos da formação colocada em campo pelo interino Alberto Vincentin na derrota para o alviverde.

A responsabilidade dos jogadores mais experientes foi um fator apontado pelo técnico na entrevista coletiva após o empate com o Timão. "Alguns atletas tem que dar a sua contribuição. Não podemos jogar o peso nos jovens, o Luiz Alberto, o Manoel, o Paulo Baier têm que ter uma função específica para sair desta situação. Hoje eu vi isso, no campo e na saída para o jogo, eles chamando os jogadores [mais novos]", comentou Mancini.

Segundo o treinador, é justamente o apoio dado pelos atletas com mais bagagem que pode ser um diferencial do time no momento delicado na tabela, ocupando as últimas posições na zona de rebaixamento. "É uma equipe que quer sair dessa situação", resumiu.

Para Mancini, apesar da situação incômoda em que o Rubro-Negro se encontra na classificação, apenas com uma sequência de boas atuações e resultados positivos é que o cenário vai mudar, não podendo jogar toda a carga da melhora em uma única partida. "É necessário dizer que não vamos mudar a situação só em 90 minutos. Tem que haver o comportamento diferente em uma série de partidas. Não tenho dúvida em afirmar que vamos sair de uma situação que nos incomoda", disse.

DefesaDetentor da segunda pior defesa e do terceiro melhor ataque da competição, uma das preocupações do técnico é ajustar o seu sistema de marcação para evitar sofrer gols. Para o técnico, uma das estratégias é melhorar a questão da concentração. "Nós não podemos de forma alguma nos dar chance de errar, o erro tem que passar longe do Atlético hoje. Precisamos passar mais confiança aos atletas para quarta-feira conseguir uma bela vitória [contra o Paysandu, pela Copa do Brasil], nosso torcedor acreditar mais firmemente no time e a gente vencer as partidas [no Brasileiro], avaliou.

O atacante Marcão também credita à desatenção o excesso de gols sofridos pelo time – com o tento marcado por Pato neste domingo, o clube já sofreu 15 gols, a segunda pior defesa da competição atrás apenas do Náutico. "Falta um pouco mais de atenção, a gente vem tomando gols que não poderia tomar. Se a gente ficar um pouco mais ligados durante as partidas, tenho certeza que as coisas vão melhorar", analisou.

Segundo o jogador, a responsabilidade de arrumar a defesa passa obrigatoriamente por uma mudança de atitude de todo o time e não apenas dos atletas que formam a zaga. "Não culpo só a defesa e sim o grupo todo, porque se a bola chegou na defesa é porque o ataque não fez a marcação certa. São 11 [atletas] em campo, cada um tem que assumir sua responsabilidade. Se marcarmos um pouco mais na saída de bola do adversário, a gente vai tomar menos gols", disse.