O Atlético nunca começou um campeonato de pontos corridos tão bem quanto em 2014. O time é o sétimo colocado do Brasileiro, com 22 pontos conquistados em 14 partidas, o que significa 52,3% de aproveitamento. Campanha ainda irregular e que não salta aos olhos da torcida, mas suficiente para bater todas as largadas do clube desde 2003.
Com um time de jovens a média da última escalação era de 23 anos , o Furacão tem desempenho levemente superior (um ponto) ao da temporada passada, quando terminou em terceiro lugar e se classificou à Libertadores após nove anos. Mesmo um ponto de diferença para a campanha do vice-campeonato nacional em 2004. A diferença seria maior não fossem os tropeços consecutivos diante de Fluminense e Atlético-MG antes do reencontro com o triunfo no domingo, por 2 a 0, contra o Botafogo.
O pior começo, tendo os pontos conquistados até a 14.ª rodada como base, aconteceu em 2011, com 26% de aproveitamento 11 pontos. Não à toa o Furacão foi rebaixado.
Por isso a arrancada indica que a temporada será mais de alegrias do que tristezas. Nas últimas dez participações na Série A, a luta contra a zona de rebaixamento acompanhou o Atlético por quatro vezes até as últimas rodadas. Em todas elas (2008, 2009 e 2010, além do ano da queda), o Rubro-Negro fazia parte ou beirava o grupo de perigo no primeiro terço da competição. Desta vez, são nove pontos para a ZR, maior distância desde 2006, quando o torneio passou a ter 20 participantes.
Com tranquilidade para trabalhar, já que a preocupação com a degola não entra em pauta, sonhar mais alto é consequência. "Nosso foco agora é 100% no Brasileiro, somar pontos e brigar lá em cima", destacou o goleiro e capitão Weverton. "Estamos no caminho certo", apontou o técnico Doriva após vencer o Fogão na Arena às moscas na penúltima partida de punição por causa da briga de torcidas no jogo contra o Vasco pela última rodada do Brasileiro de 2013.
Em pouco menos de um mês o jovem time também poderá contar com a força da torcida. O jogo contra o Bahia (24/8) será o último de portas fechadas. Vazia desde a liberação do estádio após a Copa do Mundo, a Arena da Baixada vai ganhar cor e som novamente a partir do duelo com o Palmeiras (7/9). Serão dez jogos na casa reformada, tempo suficiente para o "reforçado" Atlético mostrar se pode transformar o bom início em nova grande campanha.
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