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Enquanto Barcos lamenta chance perdida, o goleiro Santos orienta a defesa atleticana em sua estreia como titular em Brasileiros | Emanuel Galafassi / Arena Estadão
Enquanto Barcos lamenta chance perdida, o goleiro Santos orienta a defesa atleticana em sua estreia como titular em Brasileiros| Foto: Emanuel Galafassi / Arena Estadão

Adversário

Grêmio combate clima de desânimo antes das oitavas da Libertadores

Da Redação

Pressionado pela má fase da equipe, que perdeu dois jogos seguidos – na final do Gaúcho, goleado pelo Inter por 4 a 1, e na estreia do Brasileiro –, o técnico Enderson Moreira procurou acalmar os ânimos no Grêmio. Assumiu a culpa pela derrota, mas destacou que faltou pontaria para a equipe ter melhor sorte diante do Atlético, ontem, em Florianópolis.

"O time reagiu, criamos oportunidades de gol, mas não tivemos condição de fazer e sair com o resultado. Temos que transformar as oportunidades criadas em gol. Com mais tranquilidade, no momento certo, isso vai acontecer", afirmou, em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0. Foram 19 chutes a gol, sem conseguir balançar as redes.

Situação corroborada pelo principal responsável pelo setor ofensivo, o "pirata" Barcos. "Não conseguimos fazer o gol. Criamos chances, mas não fizemos. Não pode criticar atitude, falta de empenho, porque isso se mostrou muito", analisou o argentino. Visão que destoa um pouco da apresentada pelo veterano Zé Roberto, que não gostou da entrega do grupo no primeiro tempo. "Ficamos devendo", resumiu, aceitando as vaias da torcida pelo desempenho decepcionante em Santa Catarina.

A preocupação do técnico é evitar que o clima ruim tome conta do Tricolor gaúcho justo nas vésperas do primeiro duelo pelas oitavas de final da Libertadores. Na quarta-feira, o Grêmio encara o San Lorenzo, da Argentina, fora de casa. "O time está jogando bem, falta finalização, tivemos oportunidade e não fizemos gol. Quarta tem outro jogo, nas oitavas da Libertadores, e não podemos perder", ressaltou o atacante Dudu. Outro problema dos gaúchos é a situação de Marcelo Grohe, que sentiu um desconforto na coxa direita ainda no aquecimento e não enfrentou o Atlético – Busatto herdou a vaga e falhou no gol rubro-negro. Pela competição nacional, o Tricolor volta a campo como anfitrião, no próximo domingo, contra o Atlético-MG.

Sabia-se de antemão que o Atlético teria algumas mudanças no time titular por causa do afastamento de jogadores após a eliminação da Libertadores. Ninguém imaginava, porém, que o goleiro Weverton – uma das principais peças do time desde 2012 – seria um dos sacados. Assim, a meta do Rubro-Negro acabou ficando sob a responsabilidade de Santos na estreia do Brasileiro, com vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, ontem, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Mandado para o banco de reservas, o camisa 12 era um dos líderes do grupo; chegou até a ser capitão da equipe. A punição, entretanto, foi menor do que a de outros companheiros, como Manoel, Mirabaje, Zezinho e Fran Mérida, sacados do elenco principal, e de Adriano, liberado.

O "castigo" de Weverton seria uma vontade do presidente Mario Celso Petraglia, segundo deu a entender o goleiro, nas entrelinhas de um desabafo após o jogo. "Há uma hierarquia. O clube gira em torno do futebol, mas o presidente está certo. Ninguém tem de mandar mais do que ele", falou.

"Não estou feliz pela decisão, eu quero jogar. Mas não tenho o que fazer, só trabalhar. Fico triste, mas paciência", complementou o agora arqueiro reserva, que afirmou já ter sido avisado durante a semana de que seria uma opção na suplência de Santos. Ele só não entendeu o motivo. "Foi uma surpresa. Ninguém me explicou quando me colocaram para jogar, assim como não explicaram agora porque me tiraram", completou.

De qualquer forma, o time não sentiu a falta dele. Consequência da boa atuação do jovem Santos, de 23 anos, que foi o arqueiro atleticano no Paranaense do ano passado. Ele não deixou transparecer o nervosismo pelo primeiro jogo como titular na Primeira Divisão – no ano passado chegou a substituir o próprio Weverton, que se machucou no jogo contra o Goiás, no Serra Dourada. Não deu sustos e foi um dos destaques da equipe na vitória, com defesas em momentos importantes.

"Fiquei um pouco surpreso com a escalação, mas venho trabalhando para ter essas oportunidades", disse Santos. "Me sinto preparado para ajudar a equipe nesse campeonato, que é difícil. Por isso essa vitória é muito importante para mim e para o time", continuou.

Para o confronto diante do Vitória no próximo domingo, no Estádio de Pituaçu, não se sabe se o treinador vai manter Santos ou se vai promover o retorno de Weverton. A única coisa que adiantou é que pretende manter a base do time que entrou em campo ontem para os jogos seguintes. "Não sou um treinador que pensa em modificar muito a escalação. Vai depender das circunstâncias", despistou Portugal.

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