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Um cidadão brasileiro foi um dos 17 turistas que morreram em um ataque realizado por um grupo de homens armados na capital da Tunísia nesta quarta-feira, informaram fontes consulares latino-americanas. Ao todo, 19 pessoas morreram no ataque.

As mesmas fontes disseram que dois colombianos também foram mortos no ataque, que pode ter tido como alvo a sede do Parlamento do país. Assim como o brasileiro, eles faziam parte de um grupo de turistas que faziam um cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo. O guia desse grupo, Wasel Busid, disse que outros três brasileiros participavam dessa viagem e fizeram uma excursão por Túnis, em uma das escalas.

“Quando um crime terrorista é cometido, seja lá onde for, isso toca a todos, pois se trata de vidas humanas, horrivelmente apagadas pela maquinaria terrorista”

François Hollande Presidente da França

Segundo Busid, ao deixarem o ônibus no qual passeavam pela capital tunisiana, um jovem de 22 anos abriu fogo com uma metralhadora e matou sete pessoas antes de seus companheiros capturarem os demais como reféns e se entrincheirarem no jardim que une o Museu do Bardo à sede do Parlamento nacional.

Após várias horas de tensão, as forças antiterroristas tunisianas iniciaram a operação de resgate, na qual morreram outras 15 pessoas, de diversas nacionalidades. Além disso também morreram dois tunisianos, um policial e uma funcionária do museu, e pelo menos dois terroristas foram abatidos.

Atiradores se posicionam durante ocupação do museuZoubeir Souissi/Reuters

Atiradores abriram fogo às 12h locais (8h em Brasília) em um museu da capital da Tunísia, Túnis, deixando 19 mortos, disse o primeiro-ministro tunisiano, Habib Essid. De acordo com o premiê, entre as vítimas havia também 17 turistas da Itália, Polônia, Alemanha e Espanha e uma tunisiana. Pelo menos mais 40 pessoas ficaram feridas na ação.

Segundo o Ministério do Interior, a operação de resgate no Museu Nacional do Bardo, que fica perto do Parlamento, terminou com a morte de dois atiradores e de um policial. O premiê informou que os dois atiradores mortos podem ter sido ajudados por outros dois ou três militantes. Uma operação está em andamento para encontrar os foragidos, disse Essid. Ainda não está claro quem são os autores do ataque.

“Meu primeiro pensamento vai para as vítimas, para as famílias das vítimas e para as pessoas que ficaram feridas neste fato no qual, infelizmente, foram envolvidos alguns italianos”

Matteo Renzi Primeiro-ministro da Itália

Esse foi o primeiro atentado contra um local turístico em anos na Tunísia, um país de democracia incipiente que tem tido dificuldade em manter extremistas islâmicos à margem desde a deposição do ditador Zine El Abidine Ben Ali em meio a um levante popular, em 2011. Como milhares de tunisianos deixaram o país para lutar ao lado de facções militantes na Síria, Iraque e Líbia, há o temor de que retornem e lancem ataques na Tunísia.

Imagens da TV privada Wataniya mostraram forças de segurança escoltando dezenas de turistas enquanto outros policiais empunhavam armas em um prédio próximo. Muitos idosos, aparentemente turistas, corriam em pânico, incluindo ao menos um casal com duas crianças. O Parlamento foi esvaziado. O premiê francês, Manuel Valls, declarou apoio à Tunísia, prometendo ajuda na crise após o ataque.

Museu do Bardo

O Museu Nacional do Bardo é o maior museu da Tunísia e expõe mais de 8 mil obras, incluindo uma das maiores coleções do mundo de mosaicos romanos. Ele fica próximo ao Parlamento tunisiano, a quatro quilômetros do centro de Túnis. Instalado em um palácio do século 15, o museu acolhe milhares de visitantes por ano. O maior número foi registrado em 2005, com 600 mil pessoas. Em 2011, ano da revolução ocorrida em meio à Primavera Árabe, apenas 100 mil o visitaram.

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