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Técnico toca a bola durante treino do Atlético no CT do Caju: ousado na formação da equipe, o comandante é discreto fora do banco de reservas | Fotos: Walter Alves/Gazeta do Povo
Técnico toca a bola durante treino do Atlético no CT do Caju: ousado na formação da equipe, o comandante é discreto fora do banco de reservas| Foto: Fotos: Walter Alves/Gazeta do Povo

Escalação

Atlético muda após "porrada" em Londrina

A derrota para o Londrina na última quarta-feira deixou o técnico Juan Ramón Carrasco irritado com os seus comandados. Reclamando do relaxamento e da falta de atitude do elenco, ele decidiu fazer algumas mudanças no time titular. O zagueiro Gustavo, que havia jogado todos os minutos no Estadual até agora, dá lugar para Bruno Costa. Além dele, o volante Renan Foguinho substitui Renan Teixeira.

Carrasco não hesitou ao justificar a mudança na defesa. "Não gostei da forma como ele [Gustavo] jogou", resumiu. O setor defensivo, aliás, foi o mais criticado pelo treinador. "Foi bom tomar essa porrada agora para não acontecer daqui para frente", bradou.

A boa notícia é que o atacante Bruno Furlan foi liberado pelo departamento médico e está confirmado no setor ofensivo, ao lado de Marcinho e Bruno Mineiro. Além dele, o meia Paulo Baier voltou a treinar novamente depois de ficar um mês fora por causa de uma lesão na panturrilha e pode ir para o banco de reservas.

A novidade, porém, está na estreia do lateral-direito Adriano, que foi contratado em meados de fevereiro, mas que ainda não havia jogado com a camisa rubro-negra. Ele substitui Pablo, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. (GR)

Reforço

O lateral-direito e volante Gabriel Marques, de 23 anos, que estava no Nacional do Uruguai, é o novo reforço do Atlético. O empresário do jogador brasileiro, Matías Pittini, confirmou à Gazeta do Povo na tarde de ontem que "entre domingo e segunda-feira ele chega a Curitiba para assinar um empréstimo de um ano, com opção de compra". A diretoria do Rubro-Negro ainda não confirmou a negociação.

A contratação do jogador foi um pedido do técnico Carrasco. "Ele [Carrasco] disse que está precisando muito do jogador. O técnico já o conhece muito bem", disse Pittini. Marques foi treinado pelo comandante atleticano no River Plate e no Nacional, ambos do Uruguai.

Não demorou muito para que o técnico do Atlético, Juan Ramón Carrasco, se tornasse o personagem principal do futebol paranaense neste início de 2012. Até então pouquíssimo conhecido no Brasil, chegou há exatos dois meses a Curitiba sob desconfiança geral por ser adepto de um estilo de jogo ultraofensivo – espelhado no Barcelona de Pep Guardiola –, por ser inovador e, em algumas ocasiões, até polêmico.

E nesse curto período de tempo provou a fama proveniente do Uruguai: carismático, ousado e detrator dos principais clichês táticos, tão comum no futebol brasileiro.

Em 12 partidas à frente do Rubro-Negro, o treinador em­­­placou oito vitórias e amargou dois empates e duas derrotas. Para au­­mentar o aproveitamento de 72,2% alcançado até agora, ele coloca seus comandados em campo na noite de hoje diante do Ope­­rário, às 18h30, na Vila Ca­­pa­­nema. Depois da derrota para o Londrina na primeira rodada do returno do Cam­­peonato Estadual, entra com a obrigação de voltar a vencer.

Se Carrasco chama a atenção no mundo do futebol, com preleções fazendo analogias do tipo ‘o coro da bola vem da vaca; e o coro da chuteira vem do boi (?)’, ele prefere a discrição fora dele.

Com pouco tempo desde que desembarcou na capital paranaense, segue o estilo "família", fazendo de tudo para aproveitar as poucas horas livre que tem para ficar ao lado da esposa e das três filhas.

Após uma rápida estada no CT do Caju, ele e a família agora estão instalados em um apartamento no bairro Água Verde. "Um lugar mui­­to lindo e com vizinhos amáveis com a gente", descreve.

O treinador, aliás, estende os elogios aos novos colegas de trabalho. "Desde o primeiro mo­­mento me receberam muito bem aqui no CT. Todos são muito queridos. Os brasileiros são queridos", comenta.

Com tantos jogos, um atrás do outro, e viagens pelo estado, Car­­rasco lamenta ainda não ter conhecido a "noite" curitibana, mas promete que quando houver uma brecha na agenda vai desfrutar do que a cidade tem para oferecer em termos gastronômicos. Ele, inclusive, já conhe­­ce a fama dos restaurantes italianos e japoneses. Sem contar as "churrascarias de primeira", segundo ele.

Entretanto, o que mais sente falta é de ir ao cinema com a esposa, como costumava fazer na época em que estava no Equador e no próprio Uruguai – além do tempo escasso, o idioma ainda é um obstáculo.

Entre os filmes preferidos está O Campeão, clássico de 1931, a história de um ex-pugilista afundado em bebida e jogos, mas que ganha o incentivo carinhoso do filho (a obra foi refilmada em 1979).

Carrasco gosta mesmo é de ação na telona, dizendo-se fã da saga do espião James Bond, o 007, além de arrasa-quarteirões como Missão Impossível e Rambo. "Mas nada de romântico", brinca.

Sem cinema, sobra mesmo a televisão. Carrasco não esconde que é ele quem manda no controle remoto da casa. E sempre o aponta para os canais esportivos. "Adoro assistir futebol. Não importa se campeonatos europeus, a Liga dos Campeões [da Europa] e os estaduais. Estou sempre assistindo."

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